A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou hoje para o aumento dos casos de covid-19 a nível global, considerando "pouco provável" que estes venham a diminuir num futuro próximo, e destacando o risco de surgimento de uma variante mais severa do vírus.
Continua a ser frequente a pessoa comum interrogar-se sobre os sintomas que distinguem a atual pandemia de COVID-19 (SARS-COV-2) de outras viroses nossas velhas conhecidas como a gripe ou constipação, o que muitas vezes não é tarefa fácil.
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"A covid-19 continua a ser uma realidade muito presente", afirmou Maria Van Kerkhove, diretora da OMS para a Prevenção de Epidemias e Pandemias, durante uma conferência de imprensa, sublinhando que a doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 ainda está a circular em todos os países.
De acordo com a epidemiologista norte-americana, novas ondas de infeção foram registadas recentemente na Europa, América e Pacífico Ocidental.
A OMS indicou que a monitorização das águas residuais sugere que a circulação do SARS-CoV-2 é entre duas a 20 vezes superior aos números oficialmente documentados.
Maria Van Kerkhove salientou que, com a evolução e propagação do vírus, há um risco crescente do aparecimento de uma estirpe mais grave, que pode escapar aos sistemas de deteção e não responder aos tratamentos médicos atuais.
"Estou preocupada", declarou, explicando que, caso surja uma variante mais virulenta, "a suscetibilidade das populações em desenvolver doença grave seria enorme", especialmente devido à baixa cobertura vacinal.
A OMS apela aos governos para que reforcem as campanhas de vacinação, sublinhando a importância de que os grupos de maior risco recebam uma dose da vacina contra a covid-19 pelo menos uma vez por ano, de forma a reduzir o risco de doença grave.
A Organização Mundial da Saúde lamentou a diminuição significativa da disponibilidade de vacinas no último ano e meio, atribuída à redução do número de fabricantes.
A covid-19 é uma doença respiratória pandémica causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, que foi detetado pela primeira vez no final de 2019 na China. Desde então, espalhou-se rapidamente por todo o mundo, tendo originado várias variantes, algumas mais contagiosas do que outras.
As vacinas disponíveis no mercado têm-se revelado eficazes sobretudo na prevenção de formas graves da doença, embora não impeçam a infeção.
Desde maio de 2023, a covid-19 deixou de ser considerada uma Emergência de Saúde Pública de Âmbito Internacional.
Em resumo, a OMS sublinha a necessidade contínua de vigilância e de esforços de vacinação para enfrentar a pandemia, que apesar de já não ser uma emergência internacional, continua a representar um desafio significativo para a saúde pública global.
