ESCLEROSE

Acontecimentos stressantes podem contribuir para surtos de EM

Um estudo liderado por investigadores da Universidade de Medicina do Michigan permitiu descobrir que situações stressantes e adversidades ao longo da vida – incluindo pobreza, abuso e divórcio – estão associados à piora da saúde e dos resultados funcionais em pessoas com esclerose múltipla (EM).

Acontecimentos stressantes podem contribuir para surtos de EM

DOENÇAS E TRATAMENTOS

ESCLEROSE MÚLTIPLA


No estudo, publicado na revista Brain and Behavior, foram utilizados dados de mais de 700 pessoas com a doença, e os especialistas descobriram que eventos estressantes ocorridos na infância e na idade adulta contribuíram significativamente para o nível de incapacidade dos participantes.

A EM é a principal causa de incapacidade não traumática entre adultos jovens, sendo necessárias investigações adicionais para identificar esses fatores externos de incapacidade que podem ser tratados ou evitados, incluindo o stress, de forma a melhorar os resultados funcionais

Mais de 2,8 milhões de pessoas no mundo têm EM, uma condição autoimune que afeta o cérebro e a medula espinhal, na qual a camada protetora das células nervosas é atacada pelo sistema imunológico do corpo. Estes doentes podem experimentar exacerbações únicas, muitas vezes dolorosas, dos seus sintomas, conhecidas como recaídas, exacerbações ou “crises”.

Inicialmente no estudo, tanto os stressores da infância quanto os da idade adulta foram associados à pior carga provocada pela recaída após o início da pandemia de Covid-19. No entanto, a associação entre os stressores na infância e a carga da doença perdeu significado quando se consideraram mais experiências da vida adulta.

Segundo os investigadores, os estudos que se focam no stress e na EM e que não levam em consideração toda a vida útil, podem perder informações vitais ou superestimar a relação entre os stressores na infância e os resultados de saúde.

Carri Polick, primeiro autor do estudo, realça que as experiências adversas na infância e outros stressores no mesmo período, podem afetar os processos imunológicos, inflamatórios e comportamentais ao longo da vida e reduzir a resiliência ao stress adulto.

Assim, é importante usar uma abordagem de vida útil em investigações futuras para entender melhor os padrões e dar informações para a gestão dos sintomas. Por exemplo, os especialistas estão a expandir este estudo para investigar caminhos mecanísticos através do sono, do tabagismo e da saúde mental, através dos quais os stressores podem levar a piores resultados da EM, incluindo o aumento da incapacidade, dor e fadiga.

Fonte: Tupam Editores

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