STRESS

Onicofagia, conhecer as consequências ajuda a evitar o hábito

Afeta entre 20% a 30% da população mundial e é um hábito que muitos portugueses também têm. Falamos de onicofagia, o ato de roer as unhas. Há quem roa as das mãos e até quem roa as dos pés, quem o faça a toda a hora, e quem o faça apenas quando está nervoso. Prejudicial à estética das mãos, o hábito aparenta ser inofensivo, no entanto, pode causar problemas de saúde, que convém conhecer.

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Por muito bons hábitos de higiene que qualquer pessoa possa ter, o que se traduz numa lavagem das mãos várias vezes ao dia, o facto de se agarrar tudo com as mãos faz das unhas uma fonte de bactérias, onde se incluem a Salmonella e a E.coli. Isto significa que sempre que mete uma unha na boca pode entrar em contacto com essas bactérias, que, por sua vez, podem causar infeções gastrointestinais cujos sintomas passam pela diarreia e pelas dores abdominais.

De referir ainda que os roedores de longa data tendem a sofrer de uma infeção na pele que rodeia a unha. É o chamado panarício, que se caracteriza por dor latejante, vermelhidão, calor e inchaço da pele ao redor da unha. Em casos extremos pode levar à formação de pus debaixo da pele, que tem de ser drenado cirurgicamente ou tratado com recurso a antibióticos e antifúngicos.

Quem rói as unhas também aumenta a possibilidade de formação de verrugas por HPV, o vírus do papiloma humano. Estas podem espalhar-se facilmente na boca e nos lábios. De salientar que este tipo de HPV não é o mesmo transmitido por via sexual, que provoca lesões nas mucosas.

O (mau) hábito de roer as unhas também prejudica os dentes. Entre as consequências o destaque vai para o desgaste do esmalte. Ao roer as unhas, exerce-se uma pressão muito forte nos dentes, principalmente nos incisivos (dentes da frente). Isto provoca desgaste, o que deixa os dentes mais desprotegidos, correndo o risco de os mesmos lascarem ou até mesmo de partirem.

Devido à pressão exercida, roer as unhas continuamente também pode causar apinhamento dentário e má oclusão, isto é, quando as arcadas dentárias não encaixam da forma correta. Esta situação ocorre principalmente nas crianças, na fase de desenvolvimento dos dentes.

Além de estarem repletos de bactérias, os pedaços de unhas roídas têm bordos cortantes que podem ficar presos entre os dentes e causar lesões nas gengivas, dando lugar a inflamações, sangramento e mau hálito.

As pessoas que roem as unhas estão ainda mais propensas a desenvolver bruxismo, o ato de ranger ou apertar os dentes sem intenção, principalmente durante o sono. O bruxismo pode causar dores de cabeça, sensibilidade e perda dentária, assim como retração gengival.

Para muitos especialistas, o ato de roer as unhas está associado ao stress ou a distúrbios psicológicos. Como tal, acreditam que as pessoas que o fazem compulsivamente só deixarão de o fazer depois de recorrer a um profissional de saúde mental. Mas cada caso é um caso. Seja como for, a próxima vez que aproximar as unhas da boca para as roer pense nas consequências para a sua saúde e talvez consiga parar.

Fonte: Tupam Editores

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