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Idosos que usam a internet têm menor risco de demência

Todos os dias são feitos alertas sobre os riscos e desvantagens da internet, assim como das tecnologias, no geral. Mas um novo estudo, publicado recentemente no Journal of the American Geriatrics Society, sugere que as pessoas mais velhas que usam regularmente a internet têm menos probabilidade de desenvolver demência.

Idosos que usam a internet têm menor risco de demência

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Na investigação participaram 18.154 adultos entre os 50 e os 65 anos, que foram acompanhados durante oito anos. Nenhum tinha sido diagnosticado com demência quando o estudo teve início.

A cada um dos participantes foi perguntado se usavam regularmente a internet para enviar e receber emails ou para qualquer outra finalidade, como fazer compras, pesquisar informações ou fazer reservas de viagens.
Os investigadores constataram que as pessoas que usavam a internet no início do estudo tinham cerca de metade do risco de demência do que as pessoas que não eram utilizadores regulares.

Foi ainda analisada a frequência com que esses adultos estavam online, de nada a mais de oito horas por dia. Aqueles que usavam a internet durante cerca de duas horas ou menos por dia apresentavam o menor risco de demência em comparação com aqueles que não usavam a internet, que tiveram um “risco estimado notavelmente maior”.

Já as pessoas que estavam online de seis a oito horas por dia tinham um risco maior de demência, mas essa descoberta não foi estatisticamente significativa, sendo necessárias outros estudos.

Os cientistas ainda não sabem o que causa a demência, logo, a nova investigação não consegue identificar a conexão exata entre o uso da internet e a saúde do cérebro. Mas, de acordo com Virginia W. Chang, líder do estudo, o envolvimento online pode ajudar a desenvolver e manter a reserva cognitiva, que, por sua vez, pode compensar o envelhecimento do cérebro e reduzir o risco de demência.

Fatores de estilo de vida como praticar exercício físico, dormir o suficiente, manter um peso saudável, manter a pressão arterial sob controlo, controlar o açúcar no sangue, deixar de fumar e envolver-se com outras pessoas pode ajudar. A navegação na Internet não é uma das atividades oficiais, mas o novo estudo aumenta as evidências que sugerem que outros estudos poderiam estabelecer melhor essa conexão.

Na verdade, são necessários estudos intervencionais e não apenas estudos observacionais como este. Dessa forma, os médicos podem no futuro tratar as pessoas com demência como fazem em relação às doenças cardíacas: sugerindo mudanças no estilo de vida além da medicação.

Fonte: Tupam Editores

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