A fadiga mental costuma ser subestimada, mas a verdade é que pode prejudicar o treino. Um estudo realizado por investigadores da Escola de Ciências do Desporto, Exercício e Reabilitação da Universidade de Birmingham sugere que as pessoas submetidas a tarefas mentalmente exigentes provavelmente terão mais dificuldade em realizar exercícios físicos.
A actividade física adequada e o desporto constituem um dos pilares para um estilo de vida saudável, juntamente com uma alimentação equilibrada e não existência de hábitos nocivos.
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Na investigação, publicada no International Journal of Sports Physiology and Performance, os especialistas mediram os efeitos de tarefas cognitivas num grupo de 16 homens e mulheres para examinar o que acontecia com a perceção do esforço físico. Os resultados mostraram que os participantes com fadiga mental tiveram uma maior sensação de esforço durante o exercício físico.
Isto sugere que levar em consideração os efeitos da fadiga mental durante o treino pode ajudar os atletas a terem um melhor desempenho. Os investigadores aconselham os treinadores a reduzir a exposição dos atletas a tarefas mentalmente desafiadoras, como o uso de smartphones, antes e durante os treinos e competições. A longo prazo, devem considerar o “treino de resistência cerebral” para aumentar a resiliência à fadiga mental.
Sabe-se que o cérebro tem um papel no desempenho físico, mas os efeitos específicos da fadiga mental não foram bem compreendidos. Durante os testes, os participantes completaram uma tarefa mental de 90 minutos que envolveu a identificação de sequências de letras num ecrã. Executaram, então, uma série de repetições de levantamento de peso. Um grupo de controlo assistiu a vídeos neutros antes de participar da tarefa física.
Numa segunda experiência, os participantes completaram uma série de exercícios de treino de resistência, seguidos por um contra-relógio de 20 minutos em bicicleta. Estes realizaram tarefas cognitivas antes e entre os exercícios, e um grupo de controlo assistiu novamente a um vídeo neutro. Após as tarefas cognitivas, os participantes fizeram um teste online para confirmar os níveis de fadiga.
Em cada experiência, os investigadores registaram um aumento no esforço percebido – quão difícil era realizar a tarefa – entre os participantes mentalmente cansados. Na segunda experiência, os especialistas também notaram uma potência reduzida no contra-relógio do ciclismo e menos distância percorrida entre os participantes mentalmente cansados.
A equipa de investigação já começou a testar as ligações entre fadiga mental e desempenho entre grupos de atletas de elite em cenários de exercícios do “mundo real”.
