TRATAMENTO

Criada cápsula vibratória que alivia prisão de ventre crónica

As notícias não podiam ser melhores para quem sofre de prisão de ventre crónica. As cápsulas “Vibrant”, aprovadas pela Food and Drug Administration (FDA) em agosto passado, já estão disponíveis. A novidade não é uma cura, mas um tratamento que não envolve medicação e se está a revelar eficaz.

Criada cápsula vibratória que alivia prisão de ventre crónica

DOENÇAS E TRATAMENTOS

OBSTIPAÇÃO LIBERTE-SE DESSA PRESSÃO!


Trata-se de uma cápsula única com o tamanho de uma pastilha normal que, em vez de libertar medicamentos, após a ingestão vibra para estimular o cólon.
A cápsula, que deverá ser ingerida antes de ir dormir diariamente, vai percorrer o mesmo caminho que a comida, passando pelo estômago e intestino delgado, chegando finalmente ao intestino grosso cerca de 14 horas depois.

Segundo os responsáveis pela criação, o objetivo é estimular células nervosas específicas no intestino, denominadas células mecanossensoriais. Algo que ajuda a desencadear o movimento peristáltico, contrações musculares ondulantes que ajudam a expulsar os alimentos pelo intestino.

Cada cápsula deve ser ativada antes de ser ingerida. Depois de engolida fica ativa durante cerca de duas horas. Não vibra ao longo de seis horas e, a seguir, fica ativa mais duas horas. Mais tarde as cápsulas são expulsas do corpo através das fezes.

Um ensaio clínico que analisou a eficácia das cápsulas incluiu 349 participantes com obstipação crónica que foram divididos em dois grupos: 200 pessoas tomaram as cápsulas vibratórias todos os dias durante oito semanas, e as restantes 149 tomaram uma cápsula parecida que não vibrava.

Quem tomou as cápsulas ativas relatou que conseguiu ir mais vezes à casa de banho e esvaziar o intestino completamente. A percentagem de pacientes que relataram duas ou mais evacuações adicionais por cada semana foi de 23% no grupo que tomou as cápsulas Vibrant e cerca de 12% no grupo que tomou o placebo. Além disso, as fezes dos que tomaram as cápsulas ativas eram mais moles e também sentiam menos inchaço.

Os participantes que tomaram as cápsulas Vibrant não relataram eventos adversos graves, como obstrução intestinal. Foram relatados mais efeitos colaterais digestivos no grupo placebo do que no grupo Vibrant: 9,4% vs. 6,5%, respetivamente. Já diarreia, efeito comum dos tratamentos que contêm farmacêuticos, apenas foi relatada por duas pessoas.

Para obter a aprovação da FDA para estas cápsulas, consideradas um Dispositivo Médico de Classe 2, os investigadores tiveram de provar que não havia materiais tóxicos nas mesmas e que poderiam suportar, por exemplo, a força de uma dentada caso alguém as mordesse acidentalmente.
Foi ainda necessário mostrar que não representavam risco de causar infeções, irritar os tecidos, interferir com outros dispositivos eletrónicos, ficar presas ou de não funcionar.

Fonte: Tupam Editores

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