DIAGNÓSTICO

Exame pode detetar cancro do cérebro precocemente

Uma equipa de cientistas da Universidade de Nagoya, no Japão, criou uma nova forma de detetar o cancro do cérebro precocemente e sem necessidade de testes invasivos, aumentando a probabilidade de os tumores serem detetados com antecedência suficiente para uma cirurgia. A análise tem em consideração uma proteína que pode ser encontrada na urina.

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A taxa de sobrevivência de tumores cerebrais permaneceu praticamente inalterada durante mais de 30 anos, o que fica a dever-se em parte à deteção tardia. A maior parte das vezes, os médicos só descobrem os tumores cerebrais após o aparecimento de sintomas neurológicos, como a perda dos movimentos da fala. E por essa altura, o tumor já atingiu um tamanho considerável.

Takao Yasui, um dos responsáveis pela investigação, refere que os testes à urina são um método simples e eficaz porque a urina contém muitas biomoléculas informativas que podem ser usadas para identificar a doença.

Uma indicação de que uma pessoa tem um tumor cerebral é a presença de vesículas extracelulares (EVs), que são partículas libertadas pelas células, na urina. Estas EVs são membranas de tamanho nano preenchidas com líquido envolvido em muitas funções, incluindo a comunicação célula a célula.
Como aqueles encontrados em pacientes com cancro cerebral têm tipos específicos de RNA e proteínas de membrana, podem ser usados para detetar a presença de cancro e a sua progressão.

Durante o estudo, publicado no jornal ACS Nano, os especialistas desenvolveram uma nova plataforma de análise para EVs de tumor cerebral utilizando nanofios na parte inferior de uma placa de poço.
Por meio deste dispositivo, identificaram dois tipos específicos de proteínas de membrana EV, conhecidas como CD31/CD63, a partir de amostras de urina de pacientes com tumor cerebral. A procura por essas proteínas reveladoras pode permitir que os médicos identifiquem pacientes com tumor antes que desenvolvam sintomas.

Segundo Yasui, atualmente os métodos de isolamento e deteção de vesículas extracelulares requerem mais de dois instrumentos e um ensaio para o efeito. Com esta plataforma, os cientistas esperam avançar na análise dos níveis de expressão de proteínas de membrana específicas nas EVs urinárias dos pacientes, o que permitirá a deteção precoce de diferentes tipos de cancro.

Fonte: Tupam Editores

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