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Salicórnia, o “sal verde” amigo do coração

Já ouviu falar de salicórnia? Provavelmente não. Trata-se de uma planta com aparência semelhante à dos espargos que cresce nas zonas costeiras de Portugal, nomeadamente em áreas estuarias e sapais, cujas propriedades halófilas conferem o paladar salgado pelo qual é conhecida.

Salicórnia, o “sal verde” amigo do coração

DOENÇAS E TRATAMENTOS

1500 MILHÕES DE HIPERTENSOS EM 2025!?


Embora muito comum na costa portuguesa, não o era na gastronomia. Atualmente, a salicórnia (Salicornia ramosíssima) tem vindo a ganhar espaço no mercado português sendo bastante popular entre os nutricionistas e médicos pelos seus múltiplos benefícios nutricionais, dos quais se destacam os níveis reduzidos de sódio.

Para ter uma ideia, a sua constituição conta com menos 75 por cento de sódio do que o sal – 100 gramas de sal fornecem 40 gramas de sódio, 100 gramas de salicórnia apenas 9,2 gramas –, o que a torna ideal para pessoas com hipertensão ou outros problemas de coração.

Mas os benefícios desta planta não se ficam por aqui. A salicórnia dispõe ainda de um acréscimo de compostos bioativos (os esterois e compostos fenólicos), ácidos gordos polinsaturados, fibras e minerais (ferro, potássio e cálcio) e vitaminas como a A, B e C.

A sua utilização é simples, pois é como um substituto de sal, logo, utilizada de forma semelhante. Pode ser consumida fresca, congelada, mas também seca e em forma de tempero, sendo excelente para temperar carne, peixe, marisco e saladas, ou como especiaria. Pode ainda ser utilizada em marinadas, estufados, caldeiradas e outros pratos de panela. É uma excelente opção para diminuir a ingestão de sal, sem tirar o sabor às refeições.

Nunca é demais recordar que na alimentação o equilíbrio é muito importante. Apesar de ter menor quantidade de sódio do que o sal, a salicórnia também é uma fonte de sódio, devendo o seu consumo ser moderado e encontrar-se devidamente enquadrado numa alimentação completa, equilibrada e diversificada.

Os portugueses, tal como a maioria do mundo ocidental, comem praticamente o dobro da quantidade de sal que deveriam ingerir de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde. Diminuir o seu consumo é benéfico em vários aspetos: para além de reduzir a incidência de hipertensão, pode atrasar em anos não só o desenvolvimento da doença, como das suas consequências.

A redução do consumo de sal deveria ser um objetivo nacional e até mundial, e esta planta pode ser um contributo numa batalha que já dura há muitos anos. Seria um passo importante e recomendável para muitos doentes que têm problemas do foro da cardiologia, do foro da neurologia e particularmente para aqueles que não querem chegar a ter estas condições.

O consumo excessivo de sal rouba anos de vida e qualidade de vida e é, por essa perspetiva, um veneno na nossa alimentação. Agora que já conhece a salicórnia, pode fazer uma escolha mais consciente. Cuide da sua saúde!

Fonte: Tupam Editores

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