MEDICAMENTO

FDA aprova combinação de medicamentos para CPNPC metastático

Recentemente, a FDA aprovou a combinação de tremelimumab mais durvalumab e quimioterapia à base de platina para pacientes adultos com carcinoma do pulmão de não pequenas células (CPNPC) metastático sem mutação sensibilizante do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) ou mutações tumorais genéticas da quinase de linfoma anaplásico (ALK).

FDA aprova combinação de medicamentos para CPNPC metastático

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Esta aprovação foi baseada no estudo randomizado Poseidon, que incluiu 675 pacientes com CPNPC metastático que não haviam recebido tratamento sistémico anterior. Estes foram selecionados para um dos três grupos de tratamento:
(1) tremelimumab, durvalumab e quimioterapia à base de platina por 4 ciclos, seguidos por durvalumab e quimioterapia de manutenção a cada 4 semanas. Os pacientes foram tratados com uma quinta dose de tremelimumab na semana 16; (2) durvalumab mais quimioterapia à base de platina por 4 ciclos seguidos de durvalumab e quimioterapia de manutenção; ou (3) quimioterapia à base de platina por 6 ciclos seguida de quimioterapia de manutenção. O tratamento foi continuado até à progressão da doença ou toxicidade inaceitável.

Foi observada uma melhoria estatisticamente significativa e clinicamente significativa na sobrevida global com tremelimumab mais durvalumab e quimioterapia à base de platina versus quimioterapia à base de platina sozinha (razão de risco, 0,77).

A sobrevida global mediana foi de 14 meses com tremelimumab mais durvalumab e 11,7 meses apenas com quimioterapia à base de platina. A sobrevida livre de progressão mediana foi de 6,2 meses e 4,8 meses, respetivamente (razão de risco, 0,72).

A taxa de resposta global foi de 39% com a combinação das substâncias versus 24% com a quimioterapia sozinha, com duração média de respostas de 9,5 e 5,1 meses, respetivamente.

As reações adversas mais comuns (que ocorreram em ≥ 20% dos pacientes) foram náuseas, fadiga, diminuição do apetite, dor musculoesquelética, erupção cutânea e diarreia. Anormalidades laboratoriais de grau 3 ou 4 (≥ 10%) foram neutropenia, anemia, leucopenia, linfocitopenia, lipase aumentada, hiponatremia e trombocitopenia.

Tanto o tremelimumab quanto o durvalumab, ambos da AstraZeneca, são administrados por infusão intravenosa. Para pacientes com peso igual ou superior a 30 kg, a dose recomendada de tremelimumab é de 75 mg a cada três semanas com durvalumab 1.500 mg e quimioterapia à base de platina por quatro ciclos, depois durvalumabe 1.500 mg com quimioterapia de manutenção a cada quatro semanas. Uma quinta dose de tremelimumab (75 mg) deve ser administrada na semana 16.

Utilizando o esquema acima, para pacientes com peso igual ou inferior a 30 kg, a dose recomendada de tremelimumab é de 1 mg/kg e a dose de durvalumab é de 20 mg/kg.

Fonte: Tupam Editores

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