A demência, que não é considerada uma parte normal do envelhecimento, é um termo genérico usado para descrever um conjunto de sintomas – perda de memória, confusão, problemas de linguagem e raciocínio e alterações comportamentais – que progridem ao longo do tempo e afetam a vida diária e atividades de uma pessoa. A doença de Alzheimer é o tipo mais comum de demência.

Atualmente, cerca de 6 milhões de pessoas nos Estados Unidos têm Alzheimer e demências relacionadas – a maioria com mais de 65 anos e mais mulheres do que homens – e o número deve aumentar para 14 milhões até 2060, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças.

O novo estudo envolveu 146.651 adultos com 60 anos ou mais que não sofriam de demência quando a investigação começou. Após um acompanhamento de cerca de uma dúzia de anos, 3.507 participantes foram diagnosticados com demência.

Descobriu-se que aqueles indivíduos cujo tempo sentado era gasto principalmente a ver televisão tinham um risco 24% maior de demência, enquanto aqueles que passavam esse tempo no computador tinham um risco 15% menor de demência.
Os investigadores explicaram que ver televisão é cognitivamente passivo, logo, pouco pensamento é necessário, enquanto o uso do computador é cognitivamente ativo, o que significa que, como a leitura, é mais intelectualmente estimulante.

Para ambos os grupos de participantes do estudo, as hipóteses de desenvolver demência ligadas ao facto de estarem sentados persistiram, independentemente do quão fisicamente ativos fossem noutros momentos do dia. Estudos anteriores apontaram o exercício físico como benéfico na redução do risco de declínio cognitivo e demência.

Em conclusão, os investigadores afirmam que reduzir os comportamentos sedentários cognitivamente passivos, como ver televisão, e aumentar os comportamentos cognitivamente ativos, como o uso do computador, mesmo que em pequena quantidade, pode ter um impacto importante no risco de demência nos indivíduos, independentemente de seu envolvimento em atividades físicas.