ENVELHECIMENTO

Solidão acelera envelhecimento mais do que o tabagismo

Um estudo realizado por uma equipa internacional de cientistas descobriu que ser infeliz ou solitário acelera o processo de envelhecimento mais do que fumar. Ao que parece o relógio biológico é danificado pela infelicidade, aumentando o risco de doença de Alzheimer, doenças cardíacas, diabetes e de outras doenças.

Solidão acelera envelhecimento mais do que o tabagismo

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Os especialistas referem que pessoas com historial de AVC, doenças hepáticas e pulmonares, que eram fumadores ou tinham problemas de saúde mental envelheceram mais rapidamente do que indivíduos que não tinham esses fatores de risco. Surpreendentemente, o estudo revelou que sentir-se sem esperança, infeliz e solitário aumentou a idade biológica mais do que fumar.
Os dados foram recolhidos e verificados com biometria e amostras de sangue de cerca de 12.000 homens e mulheres.

Segundo o Dr. Fedor Galkin, principal autor do estudo, ficou demonstrado que fatores psicológicos, como sentir-se infeliz ou solitário, adicionam um ano e oito meses à idade biológica dos indivíduos.
O efeito aumentado excede os efeitos do sexo biológico, área de vida e estado civil e do tabagismo, o que leva a concluir que o componente psicológico não deve ser ignorado nos estudos de envelhecimento devido ao seu significativo impacto na idade biológica.

Segundo os cientistas, o ritmo acelerado do envelhecimento pode ser detetado pela ciência moderna antes que tenha consequências desastrosas. Esses “relógios de envelhecimento”, que detetam o envelhecimento acelerado, também podem ajudar a desenvolver terapias apropriadas para os indivíduos e comunidades em geral.
Com base nas descobertas, que foram publicadas no jornal Aging-Us, qualquer terapia antienvelhecimento deve concentrar-se tanto na saúde mental quanto na saúde física.

Para Manuel Faria, outro autor do estudo da Universidade de Stanford, os estados mentais e psicossociais são alguns dos preditores mais robustos de resultados de saúde e qualidade de vida, no entanto, foram amplamente omitidos dos cuidados de saúde modernos.

A empresa Deep Longevity lançou anteriormente um serviço web guiado de saúde mental que oferece uma avaliação psicológica gratuita processada por inteligência artificial e fornece um relatório abrangente sobre a idade psicológica de um utilizador, assim como o bem-estar mental atual e futuro.

No mês passado, um estudo global descobriu que a solidão aumentou o risco de doenças cardiovasculares em quase um terço. Outro estudo realizado pela Universidade de Harvard concluiu que jovens dos 18 aos 22 anos, apelidados de Geração Z, são a geração mais solitária.
Vários outros estudos concluíram que a solidão aumentou durante a pandemia, com jovens adultos com menos de 25 anos, idosos, mulheres e indivíduos de baixo rendimento a sofrer os piores efeitos.

Fonte: Tupam Editores

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