PREVENÇÃO

Paralisia cerebral: estudo oferece esperança de prevenção

Um estudo levado a cabo por investigadores da Universidade de Aukland, na Nova Zelândia, permitiu concluir que as lesões cerebrais graves que se desenvolvem lentamente após partos prematuros, que dão origem à paralisia cerebral, podem ser tratáveis.

Paralisia cerebral: estudo oferece esperança de prevenção

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Mais de um terço dos casos de paralisia cerebral ainda está ligado ao nascimento extremamente prematuro. Estudos clínicos mostraram que lesões graves podem surgir muitas semanas após o nascimento.
O Dr. Christopher Lear, principal autor do novo estudo, recentemente publicado no jornal Brain, refere que atualmente essa forma de lesão cerebral é tão grave que não faz sentido tentar entendê-la, e muito menos tratá-la. O conceito de que pode ser tratável já é revolucionário.

A equipa mostrou, num modelo animal, que havia intensa inflamação local antes que a lesão se desenvolvesse. Criticamente, se se administrasse o medicamento anti-inflamatório Etanercept (também conhecido como Enbrel) três dias após um período de privação de oxigénio seria possível impedir quase completamente o desenvolvimento de lesões graves após três semanas de recuperação.

Segundo a Professora Laura Bennet, praticamente todos os tratamentos propostos até agora deveriam ser iniciados nas primeiras seis horas de vida, o que, muitas vezes, não é realista numa altura em que as famílias estão sobrecarregadas pelos acontecimentos à volta do nascimento.

Uma janela terapêutica de pelo menos três dias é excecionalmente longa. Muito mais investigações são necessárias antes que esta abordagem possa ser testada em humanos, mas essa janela notavelmente ampla para o tratamento dá uma esperança real de que as descobertas um dia levem a um novo tratamento em humanos para prevenir a paralisia cerebral.

A paralisia cerebral é a causa mais frequente de incapacidade motora em idade pediátrica, afetando cerca de 1,7 crianças por cada mil nascidas na Europa.
Resulta de uma lesão no cérebro imaturo que pode ocorrer durante a gravidez, na altura do parto ou no período neonatal, ou até aos 2 anos de idade. Os recém-nascidos muito prematuros, ou com complicações durante a gravidez e parto são os que correm maior risco de vir a ter paralisia cerebral.

A paralisia cerebral não é uma doença. Ela é, na verdade, um conjunto de sintomas resultantes de malformações cerebrais ou danos às partes do cérebro que controlam os movimentos musculares (áreas motoras). Algumas vezes, as crianças com paralisia cerebral também apresentam anomalias noutras partes do cérebro.

Fonte: Tupam Editores

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