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Estudo revela que “vaping” é menos prejudicial do que fumar

Um estudo realizado por investigadores do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência, da King's College London, no Reino Unido, permitiu concluir que o “vaping” – termo utilizado para definir a utilização de um “vape” (vaporizador em português) –, em vez dos cigarros tradicionais leva a uma redução substancial na exposição a substâncias tóxicas comummente associadas a diferentes doenças, como cancro, doenças pulmonares e doenças cardiovasculares.

Estudo revela que “vaping” é menos prejudicial do que fumar

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A investigação, a mais completa até ao momento, analisou os diferentes aspetos do vaping incluindo a faixa etária das pessoas que o usam, os produtos utilizados, os efeitos na saúde (absolutos e comparados ao tabagismo) e a perceção pública dos danos.

Os especialistas examinaram estudos de biomarcadores de exposição (medidas de níveis de substâncias potencialmente nocivas no corpo), assim como biomarcadores de danos potenciais (medidas de alterações biológicas no corpo) devido ao vaping ou ao tabagismo.

Descobriram, então, que os níveis de nitrosaminas específicas do tabaco, compostos orgânicos voláteis e outros tóxicos implicados nas principais doenças causadas pelo tabagismo, estavam presentes em níveis significativamente mais baixos nos vapers. Entre os vapers, os níveis gerais de nicotina foram menores ou semelhantes aos dos fumadores.

Quando se compararam os biomarcadores entre os vapers e pessoas que não fumam ou fazem vaping, muitas vezes estes eram semelhantes, mas em alguns casos houve maior exposição no vaping. Os investigadores concluíram, portanto, que, embora menos prejudicial do que fumar, o vaping provavelmente sustenta alguns riscos, principalmente no caso de pessoas que nunca fumaram.

E embora os investigadores sejam claros sobre os benefícios do vaping versus fumar, descobriram que as perceções das pessoas estão desatualizadas. Em 2021, apenas 34% dos adultos que fumavam percebiam claramente que o vaping era menos prejudicial do que fumar, e só 11% dos adultos fumadores sabiam que a nicotina não era a principal causa dos riscos à saúde relacionados com o tabagismo.

O vaping está a aumentar, tanto entre os adultos como entre os jovens, tendo o uso de produtos vaping descartáveis aumentado substancialmente no último ano.
A Dra Jeanelle DeGruchy, vice-diretora médica da Inglaterra, alerta para o facto de a cada minuto alguém ser internado no hospital na Inglaterra devido ao tabagismo. E pior, a cada oito minutos alguém morre devido a causas relacionadas com o tabagismo.
Este importante estudo é o mais recente de uma série que reúne cuidadosamente a ciência sobre o vaping para ajudar a reduzir os danos causados pelo fumo.

Ainda que o vaping seja substancialmente menos prejudicial do que fumar, a mensagem é clara, se tiver de escolher entre fumar e vaping, escolha o vaping. Se tiver de escolher entre o vaping e o ar puro, escolha o ar puro. Deixar de fumar é uma das melhores coisas que pode fazer pela sua saúde. Pense nisso!

Fonte: Tupam Editores

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