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Alergia à soja: conheça os alimentos a evitar

Quando o nosso sistema imunitário – o escudo de defesa do organismo contra vírus e bactérias – confunde um alimento com uma ameaça à nossa saúde, dá-se uma reação alérgica. Esta pode ocorrer em apenas alguns minutos ou até duas horas após a ingestão, inalação ou contacto da pele com o alimento.

Alergia à soja: conheça os alimentos a evitar

DOENÇAS E TRATAMENTOS

EM CASO DE ALERGIA NÃO COMA QUEIJO


As reações alérgicas podem acontecer em qualquer idade sendo possível até surgir uma alergia já em adulto, a um alimento que toda a vida se ingeriu sem qualquer problema. Qualquer alimento pode provocar uma alergia alimentar, mas 90 por cento dos casos acontecem após a ingestão de leite, ovo, marisco, peixe, amendoim e frutos secos, cereais com glúten, e soja – um alimento cujo consumo aumentou nos últimos anos na Europa.

A soja (Glycine max) é um membro da família das leguminosas pertencente à família Fabaceae que contém cerca de 38 a 40% de proteína. A Organização Mundial de Saúde (OMS) identifica 8 proteínas alergénicas na soja, 7 das quais podem provocar alergia alimentar. Estas proteínas são habitualmente resistentes a temperaturas elevadas e à ação do suco gástrico ácido e das enzimas digestivas. A cozedura aumenta o seu potencial alergénico.

De acordo com Zoë Palmer-Wright, uma especialista em intolerâncias alimentares, a alergia à soja ocorre quando o sistema imunitário confunde as proteínas inofensivas encontradas na soja com invasores e reage criando anticorpos contra elas.

Normalmente, as alergias alimentares, como esta, podem causar diferentes sintomas como vermelhidão na pele; comichão; erupções cutâneas ou urticária; tosse; espirros; falta de ar; formigueiro na boca; inflamação nos lábios, língua ou garganta; náuseas; tonturas; dores no estômago, e diarreia.
A sintomatologia não costuma manifestar-se durante mais de 48 horas, no entanto, quando a reação é grave, pode ser persistente e desaparecer apenas alguns dias depois.

Além de incómodas, as alergias alimentares obrigam a evitar certos alimentos, muitas vezes importantes, ou mesmo bastante apreciados. Por ser algo que afeta o dia-a-dia de cada um torna-se importante ter consciência do que se pode ou não pode comer.

No caso da alergia à soja, pode ser difícil perceber quais os alimentos a evitar. E o pior é que, segundo estimativas feitas pela indústria alimentar, a soja é encontrada em cerca de 60% dos alimentos processados.
O facto de ser mais mais comum em bebés e crianças e tender a desaparecer antes da idade adulta, não facilita as coisas.

A leguminosa pode ser utilizada em vários alimentos, tais como iogurtes, leites e queijos feito à base de soja, atum e carnes enlatados, cereais, bolachas, fórmulas infantis e snacks e barras proteicos. Também é muito utilizada na cozinha chinesa, devendo ser evitados alimentos como rebentos de soja, tofu, tempeh, miso, edamame, natto, e molhos de soja.

A soja pode ainda ser encontrada em muitos produtos substitutos de carne, como hambúrgueres vegetarianos, salsichas vegetarianas e outros alimentos feitos de TVP (proteína vegetal texturizada).
Devem ser evitados também produtos que contenham HSP (proteína de soja hidrolisada) – normalmente utilizada em doces, cereais, molhos, temperos para saladas e sopas.

Não descure a leitura do rótulo de produtos como iogurte, queijo, gelado e farinha, antes de consumir. Segundo a especialista, a soja é também um ingrediente comum em algumas papas para crianças e proteínas em pó.

Se suspeita que pode sofrer de alergia à soja deverá aconselhar-se junto do seu médico assistente ou de um médico especialista em doenças alérgicas. Um diagnóstico correto permitirá que adapte a dieta às suas necessidades alimentares, eliminando os alergénios alimentares, e evitando reações alérgicas.

Fonte: Tupam Editores

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