ALIMENTAÇÃO

Consumo moderado de cerveja ajuda a reduzir risco de demência

Descobertas incríveis de um estudo australiano com cerca de 25 mil participantes determinaram que as pessoas que bebiam o equivalente a duas canecas de cerveja por dia tinham menos propensão para desenvolver demência do que os abstémios, pois esta bebida confere proteção contra o declínio cognitivo.

Consumo moderado de cerveja ajuda a reduzir risco de demência

DOENÇAS E TRATAMENTOS

DEMÊNCIA


Demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço e para as quais não existe tratamento.

A equipa de investigadores da Universidade de New South Wales obteve dados sobre os hábitos de consumo de álcool e as taxas de demência de 24.478 pessoas com mais de 60 anos. A coorte foi dividida em não bebedores, bebedores ocasionais (1,3g de etanol por dia), bebedores leves a moderados (1,3g a 25g por dia), bebedores moderados a pesados (25g a 45g por dia) e bebedores pesados (mais de 45g por dia).

Uma caneca de cerveja contém cerca de 16 gramas de etanol, enquanto um copo de vinho de tamanho médio tem cerca de 18g. Refira-se que nenhum dos participantes, que foram acompanhados durante 40 anos, tinha demência no início do estudo.
Ao longo do estudo, 2.124 pessoas foram diagnosticadas com a doença. Quando comparados aos abstémios, os bebedores ocasionais e leves a moderados tinham 22% menos propensão para desenvolver a condição.

Os participantes que consumiram até duas canecas e meia por dia tiveram um risco reduzido de 38% de serem diagnosticados, em comparação com os não bebedores. Mesmo os que bebiam mais tinham 19% menos propensão de sofrer de demência do que aqueles que não consumiam álcool.

Quando os especialistas investigaram mais profundamente a associação, descobriram que beber 40g de etanol por dia, o equivalente a cinco unidades, estava associado a um risco menor de demência em comparação com aqueles que nunca beberam.

Apesar de considerarem os dados do estudo, publicado na revista científica Addiction, robustos, os investigadores alertam contra o consumo excessivo de álcool.

A Organização Mundial da Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões. A doença de Alzheimer representa cerca de 60 a 70% de todos os casos de demência.

Fonte: Tupam Editores

OUTRAS NOTÍCIAS RELACIONADAS


ÚLTIMAS NOTÍCIAS