Covid-19: situação de alerta em Portugal já terminou
Trinta meses depois de decretada no país a situação de alerta devido à Covid-19 o Governo tomou a decisão de não a renovar. A situação de alerta – o nível mais baixo de resposta a situações de catástrofes da Lei de Bases da Proteção Civil –, vigorava ininterruptamente desde fevereiro, depois de termos passado, desde março de 2020, por situações de calamidade, catástrofe e estado de emergência.
SOCIEDADE E SAÚDE
COVID-19: O FIM DA PANDEMIA PODE ESTAR PRÓXIMO
Segundo Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), em recente conferência de imprensa, o número de mortes por Covid-19 na última semana foi o mais baixo desde março de 2020, tendo admitido que o mundo nunca esteve numa posição tão boa para acabar com a pandemia que matou milhões de pessoas desde finais de 2019, alertando, no entanto, que “ainda não estamos lá, mas o fim está próximo. LER MAIS
Na reunião de Conselho de Ministros foi ainda decidido terminar a vigência de diversas leis, decretos-leis e resoluções aprovadas no âmbito do combate à Covid-19.
Segundo Manuel Pizarro esta decisão teve por base o elevado nível de vacinação da população portuguesa, da proteção conferida pela vacina, da menor agressividade das estirpes do (coronavírus) SARS-CoV-2 que estão atualmente em circulação, incidência da doença e sobretudo o impacto na saúde das pessoas e no funcionamento do sistema de saúde, que o ministro afirma se tem mantido estável e controlado.
Sublinha, contudo, que a reversão da situação de alerta não significa que a pandemia da Covid-19 esteja ultrapassada. Há que continuar a vigiar a evolução da doença e conferir prioridade à vacinação, em especial das pessoas que estão em maior risco.
No que diz respeito à vacinação, e no âmbito do programa de vacinação que está em curso contra a Covid-19 e a gripe, desde o início de setembro já foram vacinadas mais de 450 mil pessoas.
Em contexto de regresso progressivo à normalidade, o ministro da saúde apela para que se mantenham os cuidados de higiene respiratória e que as pessoas infetadas com Covid-19 ou em contacto com um doente devem usar máscara e manter o distanciamento, além de continuar a ser obrigatório o uso de máscaras nos hospitais e lares de idosos.
O Governo vai continuar a vigiar a situação da pandemia e, caso a situação se agrave, poderão vir a ser tomadas medidas mais intensas.
De acordo com dados do Instituto Ricardo Jorge, desde 2 de março de 2020, quando foram notificados os primeiros casos, até 23 de setembro, Portugal registou um total de 5.483.226 infeções pelo vírus que provoca a Covid-19.