As gotículas expelidas ao falar, espirrar ou tossir por um indivíduo infetado podem contaminar outro, se a distância não for mantida, podendo permanecer no ar. Tendo isto em consideração, os investigadores colocaram um sensor na parte interna da máscara que identifica mesmo pequenas quantidades de patógenos, sobretudo em espaços pouco ventilados, onde o risco de infeção é maior.

O novo dispositivo, que é montado fora da máscara com uma bateria de lítio recarregável, foi testado pulverizando patógenos num ambiente interno, simulando um cenário provável em que alguém está a falar ou a tossir.

Segundo o autor correspondente do artigo, Fang Yin, os sensores responderam a líquido cerca de 70 a 560 vezes menos do que o volume produzido num espirro e muito menor que o volume produzido por tosse ou fala, enviando alertas para dispositivos sem fio, como um telefone.

Os especialistas referem que o dispositivo foi melhor usado em espaços fechados onde o risco de infeção é alto e estão a trabalhar para reduzir os tempos de deteção e a sua sensibilidade, que pode ser configurado para diferentes vírus, se necessário.

Segundo a revista científica Matter, onde o artigo foi publicado, estão em cima da mesa planos para se criarem dispositivos semelhantes que possam detetar outras doenças, nomeadamente cardiovasculares e oncológicas. Quanto à máscara já desenvolvida, os investigadores acrescentam que poderá estar no mercado em breve.