A abordagem provou ser mais de 90% precisa na previsão de resultados entre mais de duas dúzias de pacientes na unidade de terapia intensiva da UVA e 100 pacientes a partir de dados publicamente disponíveis gerados em Duke e Harvard.
O teste, denominado CovGENE, analisa genes expressos no sangue de uma pessoa para determinar se esta poderá desenvolver doença grave com risco aumentado de morte.

Apesar de se ter avançado muito na prevenção e tratamento do Covid-19 nos últimos dois anos, ainda se trabalha para identificar os pacientes com maior risco de doença grave.

Neste estudo, publicado no jornal Frontiers in Immunology, utilizou-se uma abordagem de análise genética para identificar uma assinatura de célula imune, distinta de outras doenças respiratórias, que se correlacionam com a doença grave.
Esse conhecimento tem o potencial de ajudar a avaliar o perfil imunológico dos pacientes com ensaios comummente disponíveis para identificar pacientes em risco de maus resultados que beneficiariam de uma monitorização mais próxima e terapias avançadas para ajudar na sua recuperação.

Com base nos promissores resultados da investigação da UVA, a AMPEL Biosolutions, responsável por desenvolver o CovGENE, procura uma parceria com uma empresa de testes de diagnóstico ou empresa farmacêutica para conseguir levar a abordagem ao mercado como um simples exame de sangue baseado em PCR.

Segundo Peter Lipsky, da AMPEL, esta colaboração única com os colegas da Universidade da Virgínia permitiu obter um meio fácil e inovador de avaliar a resposta de um paciente individual ao vírus SARS-CoV-2 e prever o resultado clínico.
Agora que essa abordagem única foi validada, aguarda-se o seu rápido desenvolvimento como uma ferramenta de medicina de precisão que pode melhorar o resultado dos pacientes com Covid-19 e reduzir o número de hospitalizações, especialmente entre os mais vulneráveis.