SANGUE

Estudo revela que doação de sangue frequente não prejudica saúde

Os doadores frequentes de sangue já não precisam de se preocupar que a deficiência de ferro venha a prejudicar a sua saúde, revelou um novo estudo. Embora cerca de 35% dos doadores possam ficar com deficiência de ferro após repetidas doações de sangue, os investigadores descobriram que isso não produz efeitos prejudiciais na qualidade do sangue doado, nem no bem-estar dos doadores.

Estudo revela que doação de sangue frequente não prejudica saúde

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Segundo o Dr. Eldad Hod, do Centro Médico Irving da Universidade de Columbia, em Nova York, a descoberta é uma boa notícia pois não só mostra que o sangue doado por doadores frequentes mantém a alta qualidade, mas também revela que aqueles que doam sangue regularmente não estão a ser prejudicados ao fazê-lo.

Para o estudo, publicado recentemente na revista Blood, os especialistas identificaram 79 doadores frequentes de sangue com idades compreendidas entre os 18 e os 75 anos que apresentavam deficiência de ferro mas não estavam anémicos.
Os participantes doaram uma unidade padrão de sangue e preencheram questionários sobre a sua saúde física e mental e qualidade de vida. Completaram ainda testes cerebrais para medir a sua memória, atenção e capacidade de processar informações.

Seis semanas depois os doadores repetiram o teste. Foram ainda selecionados aleatoriamente para receber uma infusão intravenosa de ferro, ou um placebo (substância inativa).

Quatro a seis meses depois, os participantes fizeram uma segunda doação de sangue e completaram outra rodada de testes. Os últimos testes foram realizados seis semanas depois.

Os investigadores suspeitavam que o sangue doado não corresponderia aos padrões de qualidade da Food and Drug Administration (FDA). Pensavam também que os doadores que receberam uma infusão de ferro estariam com mais saúde do que aqueles que receberam o placebo.

Verificou-se, no entanto, que embora a infusão de ferro tenha corrigido a deficiência de ferro dos doadores, que persistiu naqueles que receberam o placebo, o sangue doado de ambos os grupos continuou a corresponder aos padrões de qualidade da FDA. Além disso, de acordo com a Sociedade Americana de Hematologia, nenhum grupo diferiu significativamente nos testes cerebrais e nas medidas de qualidade de vida.

Fonte: Tupam Editores

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