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FDA aprova novo medicamento antirrugas

A Food and Drug Administration aprovou recentemente um novo medicamento que reduziu o aparecimento de rugas faciais durante cerca de seis meses. Denominado Daxxify, o medicamento é um dos avanços mais significativos no campo de drogas de injeção facial desde que o Botox – que agora domina 70% do mercado – foi aprovado pela primeira vez décadas atrás.

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A Revance Therapeutics, fabricante do novo tratamento, anunciou recentemente a sua aprovação referindo que os efeitos – por injeção no rosto ao longo das linhas de preocupação – duraram mais do que os outros produtos no mercado.

Tal como o Botox da Abbvie, o novo tratamento é um agente bloqueador neuromuscular que congela as rugas. Trata-se também de uma toxina botulínica, que, quando usada conforme as instruções, não é detetada na corrente sanguínea do paciente.

Em estudos submetidos à FDA, o tratamento excedeu em muito o efeito de um placebo, com cerca de 80% dos voluntários sem linhas faciais ou com rugas leves após quatro meses da injeção e cerca de metade observando o efeito ao longo de seis meses.

De acordo com a Sociedade Americana de Cirurgia Dermatológica (ASDS), os efeitos de outros neuromoduladores ou neurotoxinas, como Botox, Xeomin e Jeuveau, normalmente duram cerca de três meses.
Com o novo medicamento, os pacientes já não precisam de fazer o tratamento a cada três meses e, num mundo onde o tempo é essencial, ter um produto com fator de longa duração é extremamente útil.

Mark Foley, executivo-chefe da Revance Therapeutics, referiu que a empresa passou muitos anos a tentar descobrir um agente bloqueador neuromuscular eficaz que pudesse ser aplicado na pele sem agulha. No processo, descobriu uma maneira de manter a fórmula estável com tecnologia de peptídeos, em vez da proteína animal ou soro humano que normalmente era usado. Isso levou à aprovação do produto, e a empresa já começou a testar uma variedade de problemas médicos.

Isto abriu portas para o que se pode fazer com a terapêutica. Será uma grande oportunidade médica se se pensar em condições como enxaquecas, distonia cervical, ou bexiga hiperativa, por exemplo.

Contudo, nem tudo são benefícios. Um dos estudos da Revance apresentados à FDA para o uso estético do Daxxify descobriu que os pacientes experimentaram mais efeitos colaterais do que aqueles que haviam recebido um placebo – 6% tiveram dor de cabeça e 2% desenvolveram um episódio de pálpebra caída.

A FDA alertou ainda sobre o potencial de fraqueza muscular geral ou dificuldades respiratórias com o uso de tratamentos à base de toxinas, referindo, no entanto, que não foram anotados sintomas com o Daxxify.

Fonte: Tupam Editores

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