GENÉTICA

Terapia genética pode combater leucemia em crianças com SD

As crianças com Síndrome de Down (SD) têm 20 vezes mais probabilidades de desenvolver leucemia. Para além da maior propensão para desenvolver a doença e para sentir os efeitos colaterais negativos causados pela quimioterapia, estas crianças ainda têm maiores taxas de recaída e menores taxas de sobrevivência.

Terapia genética pode combater leucemia em crianças com SD

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A SD corresponde a uma síndrome genética caracterizada por um erro na distribuição dos cromossomas durante a divisão celular do embrião, revertendo na maior parte dos casos, numa trissomia do cromossoma 21.

A maioria das pessoas tem 46 cromossomas em cada uma das suas células, enquanto as pessoas com SD têm 47, graças a um cromossoma 21 extra. Não se sabe porquê, mas acredita-se que os genes encontrados no cromossoma 21 desempenhem um papel de particular importância para as pessoas com SD.

Segundo a investigadora Elyse Page, que usou abordagens de edição de genes para explorar o papel que o gene desempenha no desenvolvimento da leucemia, o gene HMGN1 encontrado no cromossoma 21 é maior em todos os pacientes com SD.

Estudos anteriores em ratinhos mostraram que “desligar” o HMGN1 reduziu significativamente a leucemia e aumentou as taxas de sobrevivência – resultados que sugerem um possível alvo para novas terapias.
Para a especialista, ao eliminar esse gene a leucemia poderia ter um impacto menor no organismo, com taxas de sobrevivência mais altas e menos efeitos colaterais resultado da quimioterapia.

Esses genes poderiam ser desligados com medicamentos já disponíveis e potencialmente criar terapias personalizadas para os pacientes de forma a diminuir alguns dos elementos tóxicos da quimioterapia que os pacientes com SD atualmente experimentam. O redirecionamento de medicamentos eficazes que já estão disponíveis para tratar outras doenças permitiria um tempo de resposta mais rápido do laboratório para a clínica, pois a sua segurança e efeitos colaterais já foram estudados.

Em colaboração com instituições nacionais, as descobertas da investigadora serão confirmadas em pacientes com leucemia em toda a Austrália, a fim de estabelecer um ensaio clínico para uma terapia personalizada.

Fonte: Tupam Editores

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