SIDA

Aliança Global para irradicação da SIDA infantil

Segundo notícias divulgadas pelas Nações Unidas a 2 de agosto de 2022, Angola e Moçambique foram incluídos na lista da Aliança Global para irradicação da SIDA infantil, do Programa Conjunto das Nações Unidas para a irradicação do HIV/SIDA.

Aliança Global para irradicação da SIDA infantil

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A apresentação foi feita na Conferência Internacional sobre a SIDA, realizada em Montreal, Canadá, que contou com a presença de representantes da Organização Mundial da saúde (OMS), do Programa das Nações Unidas para a irradicação do HIV/SIDA (UNAIDS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), tendo sido divulgada a inclusão de mais 10 países da fase inaugural do projeto internacional, que também contempla mães e adolescentes.

A iniciativa da Conferência Internacional, prevê um conjunto de ações que irão beneficiar aquele grupo de pessoas no decurso desta década, onde foram agora incluídos, na etapa inicial da iniciativa global, os países lusófonos de Angola e Moçambique, futuros beneficiários na promoção de acesso ao tratamento até ao ano de 2030.

Nesta primeira fase do projeto, os países que vão acolher a implementação da iniciativa global, em conjunto com a OMS, Programa da ONU para a irradicação do HIV/SIDA e o Fundo das Nações para a infância (UNICF), são a Costa do Marfim, Camarões, República Democrática do Congo, Quénia, Nigéria, África do Sul, Uganda, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué.

Estima-se que cerca de 52% das crianças seropositivas recebam tratamentos antirretrovirais, ao contrário dos 76% que estão previstos para os adultos. A fim de melhorar este quadro, a fase inicial de consultas foi direcionada para a prioridade no encerramento da lacuna que se verifica no tratamento das meninas adolescentes, mulheres gestantes e lactantes portadoras de HIV, a par da aposta na otimização e continuidade dos tratamentos.

Entre as medidas que precisam ser adotadas constam a prevenção e deteção de novas infecções por HIV em mulheres adolescentes, grávidas e que estão a amamentar.

Um outro foco da iniciativa será aumentar o acesso aos programas de testagem, melhoria do tratamento e dos cuidados completos aos bebés, crianças e adolescentes mais expostos e portadores do vírus. Por último, serão também abordados os direitos como igualdade de género e as barreiras sociais e estruturais que dificultam o acesso das populações aos serviços.

Para o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, o fato de somente metade das crianças com HIV receberem antirretrovirais é um “escândalo e uma mancha” para a consciência coletiva da Humanidade, referindo que a aliança Global é uma oportunidade para renovar o compromisso com as crianças e suas famílias, de unir, falar e agir com propósito e solidariedade com mães, crianças e adolescentes.

Já a diretora executiva do UNAIDS, Winnie Byanyima, afirma que a grande lacuna na cobertura de tratamento entre crianças e adultos é uma ofensa. A expetativa é que por meio desta iniciativa, haja uma união e se promovam ações ligando medicamentos novos e melhorados, o compromisso político renovado e o ativismo determinado das comunidades que promoverão a geração que irá eliminar a SIDA nas crianças.

Entretanto, a diretora executiva do UNICEF, Catherine Russell, disse que apesar dos progressos observados para baixar a transmissão vertical e aumentar a testagem, no tratamento e acesso à informação, as crianças em todo o mundo ainda têm menos probabilidade de acesso aos medicamentos para prevenção, cuidados e tratamento do vírus, que os adultos.

Entre os muitos parceiros da aliança, estão movimentos da sociedade civil, como a Rede Global de Pessoas vivendo com HIV, o Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para o Alívio da SIDA (PEPFAR), e o Fundo Global da ONU.

Fonte: Tupam Editores

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