Refletir durante uns minutos diariamente reduz risco de Alzheimer
As pessoas mais velhas que tiram uns momentos, durante o seu dia, para refletir e avaliar pensamentos, sentimentos e comportamentos, podem estar menos em risco de vir a desenvolver a doença de Alzheimer, concluiu um estudo liderado por investigadores da University College London.
DOENÇAS E TRATAMENTOS
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Estima-se que, actualmente, existam 20 milhões de pessoas, em todo o mundo, a sofrer de Alzheimer. A cada ano que passa, 4,6 milhões de pessoas são atingidas. LER MAIS
Segundo apurou o estudo, publicado na revista científica Neurology, para se obter benefícios bastam apenas 10 minutos de reflexão diária.
Durante a investigação foram analisados dados de dois ensaios clínicos que envolveram 259 pessoas com uma idade média de 70 anos. Aos participantes perguntaram com que regularidade analisavam e tentavam perceber os seus próprios sentimentos e pensamentos.
Os resultados revelaram que as pessoas que têm este hábito também têm uma memória melhor, mais capacidade de concentração e para resolver problemas, assim como saúde cerebral, no geral.
Segundo Harriet Demnitz-King, líder do estudo, existem muitas provas que confirmam que fatores psicológicos positivos como, por exemplo, ter um propósito na vida, podem ajudar a reduzir o risco de demência.
Qualquer pessoa pode envolver-se em autoreflexão e potencialmente aumentar o quanto se reflete, uma vez que não está dependente da saúde física ou de fatores socioeconómicos.
Os investigadores referem que não há ainda resultados conclusivos que expliquem este fenómeno, mas a teoria é que o comportamento esteja relacionado com a redução dos níveis de stress, essencial para a saúde mental.
O Dr. Richard Oakley, da Alzheimer's Society, realça que se este comportamento tiver, efetivamente, efeitos positivos pode começar a ser utilizado em tratamentos que ajudam as pessoas a desenvolver padrões de pensamento mais positivos.
A OMS estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões. A doença de Alzheimer representa cerca de 60 a 70% de todos os casos de demência.