Essa experiência desagradável costuma acontecer principalmente nas noites de calor ou se houver febre. É que, quando nos encontramos num ambiente aquecido ou enfrentamos um processo febril, o nosso corpo transpira para tentar controlar a temperatura interna, mantendo-a por volta de 36,5°C. Mas como explicar o suor noturno quando a noite está fresca e o nosso organismo está saudável?

Bem, as causas podem ser várias. A primeira hipótese é a hiperidrose. A doença, provocada pela hiperatividade das glândulas sudoríparas, é caracterizada pelo suor excessivo. A condição apresenta-se de duas formas: primária e secundária.
A hiperidrose primária só acontece, normalmente, quando se está acordado e ocorre quando não existe uma causa, como um problema de saúde ou medicação, para este problema. Já a secundária pode incomodar uma noite de sono. Aqui a transpiração excessiva é justificada por uma condição médica específica e que tanto pode ser uma doença como um medicamento que esteja a tomar.

As mudanças ou disfunções hormonais também podem ser a causa dos suores noturnos. As alterações hormonais costumam atingir principalmente as mulheres, em diversas fases da vida, como na adolescência, gestação e menopausa.
Devido às grandes variações das hormonas que acontecem durante a menopausa, nomeadamente, a redução de estrogénio e progesterona, é possível que as mulheres nesta fase da vida sofram uma série de sintomas. Entre eles estão os “suores noturnos”.

Além disso, quem tem algum outro tipo de alteração relacionada às hormonas, como por exemplo disfunção da tiroide, também pode sofrer com a sudorese noturna.
O hipertiroidismo é uma condição que faz com que a tiroide – que desempenha um papel essencial na forma como o corpo usa certas hormonas para produzir energia – liberte hormonas “tiroxina” em excesso no nosso sistema. Isto pode provocar diferentes sintomas incluindo a transpiração excessiva.

O refluxo gastroesofágico também pode ser o causador da transpiração excessiva durante a noite. Acontece quando o ácido do estômago sobe até ao esófago, causando uma sensação de azia. Entre os efeitos que este problema pode ter estão os “suores noturnos” que, normalmente, desaparecem quando o refluxo é tratado.

A apneia do sono é outra das causas do suor noturno, pois as vias respiratórias bloqueadas – devido ao distúrbio – restringem o fluxo do ar, que provoca o suor excessivo. Quem tem apneia do sono sofre com a queda da oxigenação do sangue durante a noite, o que leva à ativação do sistema nervoso e pode provocar sudorese noturna.

Algumas doenças infeciosas, como a tuberculose, por exemplo, também são conhecidas por causar suores noturnos, porque qualquer tipo de infeção pode causar febre e alterar a temperatura corporal.

Os sintomas psicológicos associados à ansiedade também podem ser responsáveis por sintomas físicos como transpiração em excesso, especialmente se tiver tendência a sofrer ataques de pânico. Tenha em mente que alguns medicamentos, nomeadamente psiquiátricos, também podem causar sudorese.