DIAGNÓSTICO

Há um novo teste para diagnosticar cancro do colo no útero

O Papanicolau é um dos exames mais temidos por muitas mulheres, no entanto, é o método mais utilizado para diagnosticar cancro do colo do útero. Este exame padrão é feito por via vaginal, com recurso a instrumento e serve para o médico recolher uma amostra de tecido do colo do útero que depois é analisado. O teste de HPV procura o vírus do papiloma humano, que pode levar a alterações celulares no colo do útero e causar cancro.

Há um novo teste para diagnosticar cancro do colo no útero

DOENÇAS E TRATAMENTOS

CANCRO DO COLO DO ÚTERO, DOENÇA DE EVOLUÇÃO SILENCIOSA


O procedimento deve ser realizado anualmente entre os 25 e os 60 anos, e pode ser muito invasivo e desconfortável, o que leva a que algumas mulheres o evitem. No entanto, este cancro é, geralmente, um dos mais preveníveis e muitas das mulheres que são diagnosticadas são as que não fazem exames regularmente.

Recentemente foi desenvolvido um novo autoteste, menos desconfortável e doloroso, que está a ser utilizado na Austrália, o primeiro país a adotar esta novidade.

O processo começa com uma explicação, por parte do médico, sobre como recolher a amostra via vaginal apenas com um cotonete. Depois de perceberem como se faz as mulheres vão para um espaço do consultório mais privado e recolhem a sua própria amostra sem recorrer à ajuda do médico.

O autoteste, que tinha critérios rígidos de elegibilidade, está disponível desde o início deste mês para as mulheres que nunca haviam feito um exame deste género ou que já há algum tempo que não faziam.

Ainda que os estudos tenham revelado que é tão eficaz na deteção do HPV quanto o rastreio cervical feito com um espéculo, importa referir que, em determinadas situações, este autoteste pode não ser suficiente para diagnosticar uma paciente, como é o caso de pacientes com sintomas sugestivos de cancro do colo do útero, pessoas em tratamento para células anormais no colo do útero associadas ao HPV e pacientes com vários de outras condições.

Segundo Karen Price, presidente da Royal Australian College, este autoteste é um passo positivo porque ajuda as pacientes a escolher como querem fazer o rastreio do cancro do colo do útero, que pode ser uma experiência desafiadora e desconfortável para muitas.

O cancro do colo do útero é a terceira neoplasia maligna mais comum em mulheres em todo o mundo e continua a ser uma das principais causas de morte relacionada com o cancro em mulheres, em países em desenvolvimento.
Todos os anos, cerca 300 mil mulheres perdem a vida no mundo devido a este cancro. Não adie o rastreio.

Fonte: Tupam Editores

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