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Tecidos inteligentes percebem como os seus utilizadores se movem

Uma equipa de investigadores do MIT desenvolveu um tecido confortável e justo que reconhece as atividades do seu utilizador, como caminhar, correr e pular. Através de um novo processo de fabricação, os especialistas produziram tecidos inteligentes que se ajustam perfeitamente ao corpo de forma a poderem perceber a postura e os movimentos do utilizador.

Tecidos inteligentes percebem como os seus utilizadores se movem

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Ao incorporar um tipo especial de fio de plástico e usar o calor para o derreter levemente – um processo chamado termoformagem – os investigadores conseguiram melhorar muito a precisão dos sensores de pressão hoje incorporados em tecidos de malha multicamadas, que designam por 3DKnITS.

Os investigadores utilizaram esse processo para criar um sapato e um tapete “inteligentes” e, seguidamente, construíram um sistema de hardware e software para medir e interpretar dados dos sensores de pressão em tempo real. O sistema de aprendizagem de máquina previu movimentos e posições de ioga realizados por um indivíduo em pé no tapete têxtil inteligente com cerca de 99% de precisão.

Segundo Irmandy Wicaksono, principal autor do estudo, o processo de fabricação, que tira proveito da tecnologia de tricô digital, permite a prototipagem rápida e pode ser facilmente dimensionado para fabricação em larga escala.
Com o tricô digital há uma liberdade de projetar os próprios padrões e também integrar sensores dentro da própria estrutura, para que fique sem costura e confortável, além de poder ser desenvolvido com base na forma do corpo das pessoas.

A técnica pode ter muitas aplicações, especialmente na área da saúde e da reabilitação. Poderia, por exemplo, ser usado para produzir sapatos inteligentes que analizam a marcha de alguém que está a reaprender a andar após uma lesão ou meias que monitorizam a pressão no pé de um paciente diabético para evitar a formação de úlceras.

Agora que os investigadores demonstraram o sucesso da sua técnica de fabricação, o próximo objetivo é refinar o circuito e o modelo de aprendizagem da máquina. Atualmente, o modelo deve ser calibrado para cada indivíduo antes de poder classificar as ações, o que é um processo demorado. A remoção dessa etapa de calibração tornaria o 3DKnITS mais fácil de usar.

Pretendem também realizar testes em sapatos inteligentes fora do laboratório para ver como as condições ambientais, como a temperatura e a humidade, afetam a precisão dos sensores.

Fonte: Tupam Editores

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