Beber álcool só tem benefícios a partir de uma certa idade
É do conhecimento geral que beber álcool, mesmo que de forma moderada, não traz vantagens para a saúde, mas um novo estudo realizado por investigadores da Universidade de Washington, em Seatle, veio confirmar essa ideia e afirmar que só poderá trazer benefícios a partir de uma certa idade. Assim, se tem menos de 40 anos, deve mesmo deixar de beber.
O vinho é, entre todas as bebidas alcoólicas, a mais favorável à saúde. Reduz o risco de doença cardíaca, diminui a progressão de doenças neurológicas degenerativas. Mas não se pode exagerar…
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Segundo os especialistas, as quantidades recomendadas de álcool devem ser adaptadas às diferentes faixas etárias, porque não existe uma idade considerada “segura” para o seu consumo antes dos 39 anos. Isto significa que beber, independentemente da quantidade, pode causar diferentes problemas de saúde em jovens adultos. Já os adultos mais velhos experimentam vários benefícios em beber, por exemplo, um copo de vinho tinto por dia, como reduzir o risco de doenças cardíacas, enfarte e diabetes.
O estudo permitiu concluir que, em todas as áreas, o maior segmento da população que bebia quantidades excessivas de álcool eram os homens, com idades compreendidas entre os 15 e os 39 anos. Constatou-se ainda que as vítimas de mais de 60% dos acidentes provocados pelo álcool são pessoas com menos de 40 anos e que os homens têm três vezes mais probabilidades do que as mulheres de começar a beber excessivamente.
Para adultos com idades entre os 40 e os 64 anos, o estudo descobriu que os níveis “seguros” de consumo de álcool variam entre cerca de metade de um copo de vinho, por dia, a quase dois copos. Para qualquer pessoa com 65 anos ou mais, os riscos para a saúde aumentaram depois de beber um pouco mais de três bebidas por dia.
Este estudo foi o primeiro a relatar os riscos do álcool por região geográfica, idade, sexo e ano. A equipa recomenda que as diretrizes de consumo de álcool também sejam baseadas em idade e localização, com diretrizes mais rígidas para homens dos 15 aos 39 anos, que correm maior risco de consumo nocivo de álcool em todo o mundo.
Segundo Emmanuela Gakidou, uma das autoras do estudo, mesmo que uma abordagem conservadora seja adotada e o nível mais baixo de consumo seguro seja usado para definir recomendações de políticas, isso implica que o nível recomendado de consumo de álcool ainda é muito alto para as populações mais jovens.
E embora possa não ser realista pensar que os jovens adultos vão parar de beber, os investigadores consideram importante comunicar as evidências apuradas nos estudos mais recentes para que todos possam tomar decisões mais informadas sobre a sua saúde.
