GRAVIDEZ

Consumo de álcool das grávidas é influenciado pelos parceiros

O consumo de álcool por mulheres grávidas está correlacionado com o consumo de álcool por parte dos seus parceiros, concluiu um estudo realizado por investigadores da Universidade da Finlândia Oriental e do Hospital Universitário Kuopio. Estar atento ao consumo de álcool por ambos os pais pode ajudar a prevenir o consumo durante a gravidez, assim como a exposição fetal aos seus efeitos adversos.

Consumo de álcool das grávidas é influenciado pelos parceiros

GRAVIDEZ E MATERNIDADE

ÁLCOOL E GRAVIDEZ


A exposição ao álcool é prejudicial ao desenvolvimento fetal, e não há um limite de exposição seguro conhecido. Os efeitos nocivos do álcool podem manifestar-se durante o desenvolvimento e crescimento da criança de várias maneiras. O risco de ingestão de álcool durante a gravidez foi anteriormente avaliado principalmente com base no uso anterior de álcool pela gestante, mas não com base nos hábitos de consumo do seu parceiro.

O estudo, publicado na revista Alcoholism Clinical and Experimental Research, analisou o consumo de álcool de 14.822 mulheres finlandesas e dos seus parceiros antes e durante a gravidez, incluindo um total de 21.472 gravidezes entre 2009 e 2018.

Os investigadores verificaram que 86% das grávidas tinham consumido álcool antes da gravidez e 4,5% tinham consumido álcool também durante a gestação. Em 25% das gravidezes, as mulheres relataram ter deixado de beber apenas depois de saberem da sua gravidez, o que significa que o feto pode ter sido exposto ao álcool nos estágios iniciais. No entanto, os seus parceiros geralmente não reduziram o seu consumo de álcool antes ou durante a gravidez.

Constatou-se que o consumo de álcool dos parceiros estava associado à frequência e quantidade de álcool consumido pelas mulheres e à frequência com que bebiam antes da gravidez. Uma associação mais fraca, mas significativa, foi observada também durante a gravidez.

As mulheres que relataram ter consumido álcool durante a gravidez eram geralmente consumidoras ávidas de álcool antes de engravidarem. As mulheres mais jovens apresentavam maiores índices de risco de consumo de álcool antes da gravidez, mas durante a gravidez o seu consumo de álcool não era distinto do verificado noutros grupos etários.

Os resultados mostram que, para proteger o feto da exposição ao álcool, ambos os pais devem reduzir o consumo de álcool mal comecem a planear uma gravidez. Ambos os pais precisam de informações sobre os malefícios do álcool para o feto e, ao avaliar o risco do consumo de álcool durante a gravidez, este deve ser levado em consideração não apenas pela gestante, mas também pelo seu parceiro. O apoio do parceiro pode ajudar a evitar o consumo de álcool durante a gravidez.

Fonte: Tupam Editores

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