O estudo foi realizado através de um inquérito publicado online. Entre os 808 participantes, 530 eram mulheres e 278 eram homens, que relataram os seus hábitos alimentares, estado de saúde e a sua motivação para aderir a uma dieta baseada em vegetais.

Segundo a coordenadora do estudo, Synne Groufh-Jacobsen, da UiA, as razões ambientais e o bem-estar animal revelaram-se os fatores motivadores mais importantes para a adesão a uma dieta deste tipo.
Cerca de 71% afirmam que as mudanças climáticas foram o seu motivador de maior peso, enquanto 64% apontam para problemas de saúde. Uma percentagem menor, 49%, consideram o bem-estar animal o fator mais importante. No geral, 75% dos inquiridos relataram que consideram a sua saúde boa ou muito boa.

Entre os participantes do estudo, realizado em colaboração com investigadores da OsloMet, apenas metade revelou que comia uma peça de fruta todos os dias; 75% responderam que comiam vegetais todos os dias, e 25% responderam que comiam produtos integrais diariamente.

O estudo permitiu concluir que os participantes da investigação comem menos frutas, vegetais e grãos integrais do que o recomendado nas diretrizes dietéticas norueguesas. Uma pequena parte dos inquiridos parece consumir também mais açúcar do que o recomendado: metade relata que consome doces e salgadinhos durante toda a semana, enquanto 10% revelam que ingerem diariamente bebidas açucaradas.

Os resultados surpreenderam os investigadores, que consideram necessário desenvolver outros estudos. Importa referir que existe um consenso entre os nutricionistas de que uma dieta vegetariana é adequada em todas as fases da vida, mas pressupõe que essa dieta tenha em consideração as necessidades de alimentos nutritivos do organismo.