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Máscaras faciais não são seguras para uma ressonância magnética

Durante o estudo, publicado na revista científica Clinical Radiology, os especialistas testaram oito tipos diferentes de máscaras respiratórias de filtro facial (FFP3) comercialmente disponíveis, e descobriram que cinco continham componentes magnéticos que consideravam inseguros para ressonância magnética.

Máscaras faciais não são seguras para uma ressonância magnética

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Muitas máscaras contêm tiras de metal para o nariz ou clipes para ajudar a moldar a máscara sobre o nariz, ou ainda ganchos de metal para manter as tiras elásticas no lugar. Há ainda máscaras que também possuem um revestimento antimicrobiano que contém tipicamente prata ou cobre.

Os riscos incluem artefatos na ressonância magnética, deflexão ou deslocamento da máscara, risco de efeitos de projéteis e aquecimento induzido por radiofrequência que pode causar queimaduras nos pacientes. As máscaras consideradas “inseguras para ressonância magnética” causaram distorção de grade observável de até cinco centímetros.

Na ausência de qualquer orientação oficial sobre o uso de máscaras dentro e ao redor de máquinas de ressonância magnética, a equipa recomenda um sistema codificado por cores para distinguir entre máscaras “seguras para ressonância magnética” e aquelas que um paciente pode usar numa consulta.

A equipa realizou três exames de ressonância magnética num modelo impresso em 3D de uma cabeça e pescoço que foi equipado com oito máscaras FFP3 disponíveis no mercado. A segurança de cada máscara baseou-se na presença de componentes de material ferromagnético, presença de material metálico, deflexão mensurável no orifício da máquina de ressonância magnética e medição de temperatura superior a 40°C durante o teste.

Os investigadores constataram que cinco das oito máscaras continham componentes ferromagnéticos e, portanto, foram classificadas como “inseguras para ressonância magnética”. Duas máscaras foram consideradas “seguras para ressonância magnética”, enquanto uma foi considerada “condicional para ressonância magnética” devido ao risco potencial de aquecimento local sob certas condições dentro da máquina de diagnóstico.

Segundo a Dra. Bethany Keenan, principal autora do estudo, atualmente, não existe documentação de segurança no que diz respeito ao uso de máscaras faciais dentro e ao redor de uma máquina de ressonância magnética, pelo que a equipa do hospital desconhece os riscos potenciais que as máscaras podem representar.

Assim, é extremamente importante não presumir que uma máscara é segura antes de um exame de ressonância magnética e realizar uma avaliação de segurança para determinar quais componentes são feitos de metais ferromagnéticos (como aço) e quais são de metais não ferromagnéticos (como alumínio).

Os investigadores sugerem que, sempre que possível, as máscaras cirúrgicas sejam encomendadas numa cor diferente para se distinguir entre uma máscara cirúrgica “segura para ressonância magnética” e uma máscara cirúrgica “insegura para ressonância magnética”.

Fonte: Tupam Editores

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