Stress pode ser limitado através da alimentação
O stress aparece quando o organismo é submetido a uma agressão à qual se deve adaptar. Quando o stress se torna crónico, as capacidades de adaptação ficam ultrapassadas, o equilíbrio interno fica perturbado e aparecem as consequências: irritabilidade, ansiedade, depressão, dores de cabeça, distúrbios do sono, perturbações metabólicas, problemas cardíacos, etc.
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Em períodos de grande stress temos níveis elevados de cortisol – a chamada “hormona do stress” – em circulação, o que aumenta o apetite por comida açucarada e as “asneiras” são frequentes.
Comer como forma de terapia – caracterizada pela ingestão de grandes quantidades de alimentos, muitas vezes descontroladamente e sem seleção prévia – pode levar a sintomas associados com depressão e, claro, aumento de peso. Além disso, aumenta o risco de resistência à insulina e diabetes tipo 2, sem mencionar os efeitos negativos que pode ter em hormonas como leptina e grelina, além do cortisol.
Esta tendência deve ser combatida, e privilegiar determinados alimentos, mais saudáveis, pode mesmo ajudar a controlar o stress.
Um dos alimentos que mais se destacam pelas suas propriedades é o abacate. Fonte de triptofano e ómega-3, o abacate tem mais de 20 nutrientes muito benéficos para o organismo, incluindo potássio, magnésio e fibra. Aumenta a imunidade, previne doenças, combate a ansiedade e ainda ajuda e equilibrar a fome e as hormonas responsáveis pelo apetite, a leptina e a grelina. Para além de saciar, o abacate ajuda a regular o açúcar no sangue, o que, por sua vez, estabiliza o nosso humor. Mas cuidado com os excessos, pois é uma fruta bastante calórica e não deve ser consumida livremente.
Para manter o cortisol e a adrenalina sob controlo, aposte nos peixes gordos. O salmão (e outros peixes como a sardinha e a cavala) é ótimo para reduzir o stress. É um peixe rico em EPA e DHA, características que o tornam um dos alimentos mais nutritivos do planeta.
Os vegetais verde escuros, como espinafres e couves, entre outros vegetais, são ricos em vitaminas e minerais, como ácido fólico, cálcio, potássio, ferro e vitaminas A, C e K. Todos estes nutrientes ajudam a regular os neurotransmissores que estabilizam o humor e que são essenciais para reduzir a ansiedade e a depressão e aumentar a energia. O seu consumo, pelo menos três vezes por semana, também ajuda a controlar o stress.
Sementes de linhaça, abóbora, girassol e chia são fontes de gorduras e proteínas saudáveis. São também óptimas para aumentar os níveis de magnésio, um mineral muito importante para a mulher.
O Kimchi, kombucha ou miso são bons exemplos de alimentos fermentados que deve ter sempre em casa. Graças à grande variedade destes nutrientes e os diferentes ecossistemas em que são preservados estes alimentos têm influência direta, e positiva, no humor e bem-estar.
Não restam dúvidas de que a alimentação constitui uma das estratégias para a prevenção do stress e da ansiedade, no entanto, a sua ação isolada pode não ser eficaz. Outras estratégias, como uma gestão eficiente do tempo, uma boa higiene do sono, a meditação e a prática de exercício físico regular, devem ser adotadas para diminuir os níveis de stress e ansiedade no dia-a-dia.