Os responsáveis pelo projeto chegaram a esta conclusão depois de realizarem um questionário, ao qual responderam cerca de 2000 pessoas com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos. Pelas respostas dos participantes apurou-se que é aos 34 anos que as ressacas começam a piorar, e no ano seguinte começam a durar dois dias.

Conclui-se ainda que as pessoas só começam a entender verdadeiramente os limites do corpo, em relação ao álcool, depois dos 37 anos e que um ano depois é normal que a vontade de sair à noite já não seja a mesma. Parece que o medo de ficar de ressaca toma conta das pessoas, pois aos 38 começam a sentir-se velhas demais para sair.
Através deste questionário a empresa conseguiu perceber ainda outras limitações das pessoas, por exemplo, é provável que ninguém com mais de 33 anos se voluntarie para beber shots.

Segundo a Dra. Deborah Lee, foram realizadas poucas investigações sobre a gravidade da ressaca com o envelhecimento, mas estas ocorrem devido à decomposição do álcool e à presença persistente de seu metabolito tóxico – acetaldeído – no corpo.

As ressacas tendem a piorar com a idade porque a atividade das principais enzimas envolvidas na quebra do álcool se torna menos eficaz com o envelhecimento. Além disso, as pessoas mais velhas têm menos músculos e mais gordura, além de a distribuição de água dentro do corpo também se alterar à medida que a idade avança. O resultado final são níveis mais elevados de álcool no sangue, que demoram mais tempo a ser metabolizados.

Na adolescência e quando se está nos “vintes” ignoram-se os conselhos dos mais velhos para “aproveitar enquanto dura” mas, a julgar pelos resultados desta investigação, e no que diz respeito às ressacas, talvez seja melhor aproveitar mesmo enquanto estas são “leves”, depois… torna-se complicado.

A ressaca é um conjunto de sintomas físicos e mentais que surgem devido ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas, o que resulta numa leve desidratação, aumento da atividade do fígado para eliminar o excesso de álcool do sangue e alteração no sistema nervoso devido à hipoglicemia induzida pelos altos níveis de álcool circulantes.

Podem não se manifestar todos, mas os sintomas mais habituais são: boca seca e sede; dor de cabeça e dores no corpo; cansaço, fraqueza; tremores, tonturas, náuseas e vómitos; sensibilidade exagerara aos ruídos e à luz; alterações do humor, especialmente maior irritabilidade e ansiedade; aumento da frequência cardíaca; problemas de memória, concentração e destreza, dos quais, frequentemente, os próprios não se apercebem.