CANCRO

Nova combinação de medicamentos promissora no tratamento da LMA

Uma investigação realizada no Peter Mac Cancer Center permitiu descobrir uma nova terapia combinada para a leucemia mieloide aguda (LMA) que revela maior potência num estudo pré-clínico do que qualquer outro medicamento utilizado sozinho.

Nova combinação de medicamentos promissora no tratamento da LMA

DOENÇAS E TRATAMENTOS

CANCRO, INVESTIGAÇÃO E NOVAS TERAPIAS


A LMA é um tipo agressivo de cancro do sangue. Quando um paciente tem LMA, os glóbulos brancos anormais imaturos acumulam-se na medula óssea, impedindo a produção de células sanguíneas normais. Além disso, essas células cancerosas são incapazes de combater a infeção. Num dos tipos de LMA que ocorre regularmente, um dos fatores da doença é um tipo específico de anormalidade genética.

Ricky Johnstone, co-autor sénior da investigação, explica que um pedaço do genoma de um cromossoma fica preso num pedaço do genoma de outro cromossoma, fundindo dois genes para formar um novo gene que não ocorre na natureza. Como resultado dessa fusão genética, os genes que deveriam estar desligados estão ligados, e vice-versa, levando ao desenvolvimento da leucemia.

Os investigadores têm tentado descobrir uma maneira de impedir que isso aconteça, como forma de desenvolver novas terapias contra a LMA que sejam insensíveis à quimioterapia convencional.

No estudo, publicado na revista Cancer Discovery, os especialistas usaram uma droga denominada inibidor de histona deacetilase (HDAC) que amortece a resposta desregulada da célula e retarda o crescimento das células de leucemia.
Verificou-se ainda um efeito adicional não esperado. Esta droga fez com que um tipo de células do sistema imunológico produzisse uma molécula chamada interferão, que é conhecida há décadas por também ter efeitos antileucémicos. Além disso, é um medicamento aprovado pela FDA.

O que acontece é que o inibidor de histona desacetilase diz ao corpo para produzir o seu próprio interferão. A Dra. Pilar Dominguez, do Peter Mac, realça que o interferão atua sobre as células de leucemia e, finalmente, resulta na morte das células cancerosas.

Com base nesses resultados, os investigadores desenvolveram uma potente terapia de combinação de drogas que consiste num inibidor de histona desacetilase e em interferão. Essa combinação mostrou efeitos antileucémicos superiores aos observados com o uso de qualquer outro medicamento isoladamente.
Os investigadores esperam que isso possa dar origem a uma nova abordagem para tratar a LMA.

Fonte: Tupam Editores

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