ALIMENTAÇÃO

Jejum intermitente: os efeitos secundários que deve ter em conta

Cada vez mais se ouve falar em jejum intermitente. É, atualmente, umas das tendências de saúde e nutrição mais populares do mundo. Trata-se não de uma dieta, mas de um padrão alimentar, que consiste em ficar algumas horas do dia sem comer. O motivo mais comum para se tentar o jejum intermitente é a perda de peso. Vários estudos sugerem que também ajuda a regular os níveis de colesterol e triglicéridos e até a prevenir a tensão arterial alta. Mas será esta prática realmente benéfica?

Jejum intermitente: os efeitos secundários que deve ter em conta

DIETA E NUTRIÇÃO

JEJUM - Uma estratégia saudável?


A verdade é que ainda há muita desinformação a respeito do assunto. Se, por um lado, o jejum intermitente apresenta benefícios para a proteção de doenças e a perda de gordura, por outro, também pode ter efeitos secundários como, fome (muita), fadiga, fraqueza, distúrbios do sono, náuseas, dores de cabeça, e alterações no humor.

Estes efeitos poderão ser temporários até que o corpo se adapte ao novo esquema alimentar, mas, ainda assim, o jejum intermitente não é adequado para todos, por exemplo, pessoas com diabetes ou distúrbios alimentares, grávidas ou mulheres que estão a amamentar ou a tentar engravidar não o deverão pôr em prática.

Além dos efeitos secundários mencionados, a longo prazo podem surgir outros que não devem ser menosprezados. Uma desses efeitos é a obsessão por comida. Estar em qualquer tipo de dieta restritiva pode afetar a relação da pessoa com a comida. Enquanto algumas pessoas gostam da rigidez deste tipo de jejum, outras podem “valorizar demais” os momentos em que a refeição é livre.

A queda de cabelo é outro sintoma ao qual deve prestar atenção. A perda de peso repentina ou a falta de nutrientes como proteínas e vitaminas do complexo B, que são essenciais para a saúde do cabelo, podem provocar perda de cabelo. Apesar de o jejum intermitente não levar, necessariamente, à diminuição de nutrientes, pode tornar difícil o hábito de comer uma dieta completa numa janela de horas tão reduzida.

O ciclo menstrual também não está ileso. As mulheres que perdem uma quantidade dramática de peso ou, consistentemente, não ingerem as calorias suficientes todos os dias podem ter os seus ciclos menstruais mais lentos ou até cessar por completo.

Há ainda a possibilidade de enveredar por uma dieta desequilibrada. Uma vez que a janela para as refeições dentro do jejum intermitente é menor, além de correr o risco de não ingerir nutrientes suficientes as pessoas também podem fazer escolhas erradas na altura de se alimentarem. A principal preocupação é desencadear o comportamento de compulsão alimentar, pois quando se está com muita fome pode acabar por se ultrapassar a quantidade diária de calorias.

Não há dúvidas de que, quando mal planeado, o jejum intermitente pode resultar numa perigosa privação de nutrientes que, a médio prazo, pode significar vários problemas de saúde. Além disso, a maioria dos estudos sobre esta prática foram realizados em animais de laboratório não sendo ainda concreta a eficácia no organismo humano a longo prazo.

Esta é, sem dúvida, uma experiência individual, e a mesma abordagem pode não ser adequada para diferentes pessoas. Assim, é fundamental consultar um especialista antes de se tentar qualquer forma de jejum.

Fonte: Tupam Editores

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