ALZHEIMER

Não larga o telemóvel? Pode estar em risco de ter Alzheimer

Vivemos num mundo dominado pelas redes sociais. Os dispositivos móveis, mais concretamente os telemóveis, estão de tal forma introduzidos no nosso dia-a-dia, que temos a impressão que sempre vivemos com eles. Sendo estes dispositivos a extensão das nossas mãos, não só já não podemos passar sem eles, como eles nos ocupam cada vez mais horas diariamente sem termos a noção disso.

Não larga o telemóvel? Pode estar em risco de ter Alzheimer

DOENÇAS E TRATAMENTOS

DIA MUNDIAL DO DOENTE DE ALZHEIMER


Em média, cada pessoa olha para o telemóvel umas 150 vezes por dia, sobretudo quando este não vibra ou não toca. Uma equipa de cientistas provou que este hábito pode ter efeitos negativos para a saúde.

Um estudo, publicado na revista científica Current Alzheimer Research, permitiu concluir que quem passa mais tempo ao telemóvel pode vir a sofrer de Alzheimer, uma doença que consiste numa alteração neurológica que provoca perda de memória e declínio cognitivo progressivos.
Ao que parece isso deve-se à exposição a pulsos eletromagnéticos, como aqueles que são emitidos pelo telemóvel e Wi-Fi, que, por sua vez, podem agravar ou desencadear a acumulação de cálcio no cérebro, um dos possíveis fatores de risco associados à doença.

Segundo Martin L. Pall, autor do estudo, esta descoberta pode ajudar a antecipar, em até 25 anos, diagnósticos de Alzheimer. E explica que pessoas muito jovens expostas a smartphones e radiação de Wi-Fi durante muitas horas ao longo do dia podem desenvolver demência digital.

Uma investigação realizada em 2008 revelou que, ao expor ratos a campos eletromagnéticos de torres de telemóveis, os animais apresentaram uma rápida degeneração, para além da morte de células cerebrais. Após um teste com a duração de quatro semanas descobriu-se que os ratos perderam cerca de 34% da capacidade cerebral.
Outro estudo, realizado de 2013 a 2016, expôs os animais a pulsos eletromagnéticos uma vez por dia, e permitiu comprovar que aqueles com 10 meses (o equivalente a adultos de 21 anos) já apresentavam sinais de Alzheimer.

Recorde-se que a doença de Alzheimer representa cerca de 60 a 70% de todos os casos de demência. Trata-se de um tipo de demência que provoca uma deterioração global, progressiva e irreversível de diversas funções cognitivas (memória, atenção, concentração, linguagem, pensamento, entre outras). Para a maioria não existe tratamento e também não há uma forma definitiva de prevenir a demência.

A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar aos 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões.

Fonte: Tupam Editores

OUTRAS NOTÍCIAS RELACIONADAS


ÚLTIMAS NOTÍCIAS