DEPRESSÃO

Cientistas encontram alteração associada à depressão pós-parto

Um estudo inédito levado a cabo por investigadores da Carolina do Norte, nos EUA, identificou diferenças significativas na genómica das células B entre novas mães com e sem depressão pós-parto (DPP).

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Os especialistas realizaram um estudo de associação ampla do transcriptoma (TWAS) para DPP utilizando o sequenciamento de RNA de amostras de sangue total e células de 1.500 mulheres racial e etnicamente distintas que tinham dado à luz nas últimas seis semanas, 482 das quais haviam sido diagnosticadas com DPP.
Os estudos anteriores haviam analisado apenas amostras de sangue, mas esta investigação analisou mais profundamente os diferentes componentes do sangue.

Os pesquisadores usaram sequenciamento de RNA, genotipagem de ADN e avaliação da metilação do ADN – totalizando três níveis de avaliação de biologia básica – para procurar diferenças nos componentes das amostras de sangue de mulheres com DPP versus mulheres sem DPP.

Em mulheres com DPP foram encontrados milhares de transcrições individuais de células B que eram diferentes de mulheres sem DPP, regulados em parte por variantes genéticas e pela metilação do ADN. As análises das vias implicaram ativação de células B alteradas e resistência à insulina.

Jerry Guintivano, autor do estudo – publicado na revista científica Molecular Psychiatry –, refere que a equipa pretende, no futuro, realizar um estudo longitudinal que acompanhe as mulheres durante um período de tempo mais longo para ver como as células B mudam entre a gravidez e o período pós-parto.
E acrescenta que nenhum destes estudos seria possível sem que muitas mulheres se dedicassem à investigação da DPP.

A depressão pós-parto é muito mais do que uma simples tristeza passageira. Trata-se de uma doença comum, que afeta entre 20 a 35% das mulheres, mas séria, e que pode e deve ser tratada. Não só porque pode “roubar” à mãe a oportunidade de desfrutar daquele que é para muitas mulheres um dos momentos mais felizes da sua vida, mas também porque perturba o bem-estar da mãe e, possivelmente, o do seu bebé.

Fonte: Tupam Editores

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