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Covid-19: risco de miocardite após vacinação é muito baixo

Um estudo recentemente publicado na revista científica The Lancet Respiratory Medicine revelou que o risco de desenvolver miocardite, uma inflamação do músculo cardíaco, após ser vacinado contra a Covid-19 é comparável, e em alguns casos menor, face a outras vacinas contra outras doenças.

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A análise juntou onze estudos que abrangem dados de 395 milhões de doses de vacina administradas, sendo cerca de 300 milhões vacinas de ARN (mRNA, sigla em inglês). Segundo os cientistas, a miocardite afeta cerca de 18 pessoas em cada um milhão de injeções.

Os dados permitiram concluir que o risco associado à vacinação contra o SARS-CoV-2 é maior no caso das vacinas de mRNA, com 22,6 casos por um milhão de doses, em comparação com as tradicionais, com 7,9 casos por um milhão de inoculações.
A análise revelou ainda que esse risco também é maior em grupos populacionais com menos de trinta anos, com 40,9 casos por um milhão de vacinas, e nos homens, com 23 casos por um milhão.

Segundo Kollengode Ramanathan, médico do Hospital Universitário Nacional de Singapura, o risco de sofrer um desses eventos raros deve ser avaliado em relação ao risco de miocardite representado pela infeção de Covid-19.

Durante a investigação foram analisados ainda outros nove estudos sobre efeitos de outras vacinas, publicados entre 1945 e 2001, tendo-se constatado que a taxa de casos de miocardite associada às demais vacinas analisadas foi de 56 casos por milhão de doses.

Jyoti Somani, também do Hospital Universitário de Singapura, salienta que o aparecimento de miocardite após outras vacinas que não Covid-19 pode sugerir que se trata de um efeito secundário do processo inflamatório que qualquer vacina induz, não se limitando às proteínas da vacina contra a Covid-19.

A miocardite é uma inflamação nas células do músculo do coração (miocárdio) que pode levar a alterações temporárias ou até mesmo permanentes do órgão. Muito mais frequente em crianças e jovens do que em adultos, na maioria das vezes, é autolimitada, com rápida e completa recuperação, mas pode levar ao enfraquecimento do coração, a distúrbios do ritmo cardíaco e até mesmo à morte.

Fonte: Tupam Editores

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