GENÉTICA

Mapeamento genético prevê probabilidade de problemas cardíacos

Um estudo envolvendo cientistas da Universidade de Alabama, EUA, permitiu verificar que uma pontuação de risco baseada no mapeamento genético previu a probabilidade de problemas cardíacos ou AVC em pessoas com diabetes tipo 2.

Mapeamento genético prevê probabilidade de problemas cardíacos

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Os cientistas exploraram se as variantes genéticas ligadas à tensão arterial elevada também estão ligadas a doenças cardíacas ou AVC em pessoas com diabetes tipo 2. Utilizaram, então, estas informações para determinar uma pontuação de risco.

No estudo, publicado na revista científica Hypertension, foram avaliados registos de saúde de 6.335 participantes, assim como os seus dados genéticos. Trinta por cento desses participantes eram minorias raciais e 37 por cento eram mulheres. Todos os participantes tinham diabetes tipo 2 e tensão arterial elevada, e foram seguidos durante 3,5 anos.

Foram analisados vários fatores de saúde, incluindo pressão arterial, colesterol e níveis de açúcar no sangue – todos comumente usados para determinar o risco de desenvolver doença cardíaca – e levados em consideração a idade, sexo, índice de massa corporal (IMC), historial médico e genético, entre outros fatores. Através da análise, os cientistas estabeleceram uma “pontuação de risco” genética, que estima a probabilidade de uma pessoa desenvolver doenças cardíacas nos próximos 10 anos.

Para desenvolver essa pontuação de risco, os cientistas compararam um mapa com mais de 1.000 variantes genéticas conhecidas por afetar a pressão arterial e compararam-no com o ADN dos participantes para determinar o seu risco genético, sendo que mais combinações entre o ADN do participante e o mapa de variantes genéticas associadas à tensão arterial equivaliam a uma pontuação de risco genético mais elevada.

O estudo mostrou que, nas pessoas com pontuações de risco genético superiores à média, cada grau mais elevado estava associado a um risco 12% mais elevado de doenças cardíacas ou AVC. A associação do risco genético com eventos cardiovasculares era a mesma, mesmo que os participantes estivessem medicados para gerir os níveis de açúcar no sangue.

Os cientistas concluíram que a pontuação de risco genético pode ajudar os profissionais de saúde a identificarem as pessoas recém-diagnosticadas com diabetes tipo 2 que podiam beneficiar de alterações mais intensas no estilo de vida.
O estudo representa um passo em direção à medicina personalizada para doenças cardíacas decorrentes de diabetes tipo 2 e da hipertensão.

Fonte: Tupam Editores

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