CÉREBRO

Descoberto como o segundo cérebro comunica com o primeiro

O intestino é o único órgão com o seu próprio sistema nervoso, conhecido como Sistema Nervoso Entérico, ou “segundo cérebro”. Como o segundo cérebro se comunica com o nosso primeiro cérebro tem sido uma das questões mais desafiadoras enfrentadas pelos neurocientistas nos últimos anos.

Descoberto como o segundo cérebro comunica com o primeiro

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Recentemente, uma investigação realizada por uma equipa de cientistas da Universidade Flinders, na Austrália, descobriu como células especializadas dentro do intestino se comunicam com o cérebro e a medula espinal, que até agora permaneciam um grande mistério.

Estas células especializadas, denominadas células enterocromafins (EC), produzem e libertam hormonas e neurotransmissores em resposta a estímulos específicos que são ingeridos quando nos alimentamos.
Segundo o Professor Nick Spencer, essas células EC libertam a grande maioria da serotonina no corpo, e o estudo descobriu uma pista importante sobre como os alimentos que ingerimos estimulam a libertação de serotonina, que então atua nos nervos para se comunicar com o cérebro.

Existe uma ligação direta entre os níveis de serotonina no nosso corpo e a depressão e a forma como nos sentimos. Portanto, entender como as células CE do intestino se comunicam com o cérebro é muito importante.

Os cientistas fizeram a descoberta usando uma técnica de rastreamento neuronal desenvolvida no seu laboratório, não usada em nenhum outro lugar do mundo, que lhes permitiu ver, pela primeira vez, as terminações nervosas sensoriais com clareza na parede intestinal. Até agora isto não era possível pois existem muitos outros tipos de nervos no intestino.
Esta técnica permitiu ver que as células EC provavelmente libertam substâncias por um processo de difusão, que então atua nos nervos sensoriais que se comunicam com o cérebro.

Ao contrário do que algumas teorias sugeriam, a equipa não conseguiu identificar nenhuma conexão física direta entre as células EC e as terminações nervosas sensoriais O estudo foi publicado na revista científica American Journal of Physiology-Gastrointestinal and Liver Physiology.

Fonte: Tupam Editores

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