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Lítio pode reduzir risco de desenvolvimento de demência

O tratamento com lítio, um estabilizador do humor, pode ser protetor contra a demência e os seus subtipos, revelou um estudo de coorte retrospetivo levado a cabo por investigadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra.

Lítio pode reduzir risco de desenvolvimento de demência

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DEMÊNCIA


No estudo, publicado na revista científica PLoS Medicine, os especialistas realizaram uma análise retrospetiva dos registos de saúde de quase 30.000 doentes com mais de 50 anos de idade e com acesso a serviços de saúde mental.

Entre os pacientes que receberam cuidados de saúde mental, aqueles expostos ao lítio em dosagens clínicas padrão tiveram um risco 44% menor de receber um diagnóstico de demência versus os não expostos num acompanhamento médio de 4,8 anos.

Shanquan Chen, da Universidade de Cambridge, refere que o uso de lítio foi protetor tanto com 1 ano ou menos de uso quanto com uso a longo prazo de 5 ou mais anos. No entanto, exposições de médio prazo – entre 1 e 5 anos de tratamento – não foram significativamente protetoras, embora os investigadores tenham mencionado que isso provavelmente seria apenas um efeito de ser estatisticamente fraco.

O número de pessoas com demência continua a aumentar, o que coloca uma enorme pressão nos sistemas de saúde. Estima-se que retardar o início da demência em apenas cinco anos poderia reduzir a sua prevalência e impacto económico em até 40%.

Este estudo mostrou que os doentes que receberam lítio tinham menos probabilidades de desenvolver demência do que os que não receberam. Os dados mostraram, assim, que o lítio podia ser um tratamento preventivo para a demência.

Os investigadores acentuam, contudo, que o número global de doentes que recebeu lítio foi pequeno, sendo necessários ensaios clínicos maiores para se poder estabelecer o lítio como um potencial tratamento para a demência.

Fonte: Tupam Editores

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