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Fragilidade pode ser reversível para algumas pessoas com artrite

Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Glasgow permitiu concluir que os pacientes com artrite reumatoide (AR) que sofrem de fragilidade podem reverter a sua situação de fragilidade com tratamento.

Fragilidade pode ser reversível para algumas pessoas com artrite

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A investigação, publicada na revista RMD Open, analisou a fragilidade em pessoas com AR, tendo utilizado para o efeito dados do UK Biobank e da coorte Scottish Early Rheumatoid Arthritis (SERA), que inclui pessoas com a doença recém-diagnosticada na Escócia.

Foi possível descobrir que a fragilidade é comum em pessoas com AR, inclusive em pessoas mais jovens com menos de 65 anos, no entanto, as descobertas sugerem que, à medida que a doença foi tratada e se tornou menos ativa, o seu grau de fragilidade também diminuiu.

Embora o estudo tenha revelado que as pessoas com AR mais grave ou ativa têm maior propensão para serem identificadas como frágeis, e pessoas com fragilidade têm maior probabilidade de serem internadas no hospital ou morrer, o controle precoce da atividade da doença pode ajudar a melhorar essa fragilidade.

De acordo com o Dr. Peter Hanlon, do Instituto Universitário de Saúde e Bem-estar, ainda que seja encorajador perceber que a fragilidade pode ser reduzida nestes doentes, particularmente entre os mais jovens, pode ser um desafio identificar aqueles para quem isso é possível.

As descobertas revelam que algumas pessoas com fragilidade e AR ativa têm o potencial de melhorar o seu estado de fragilidade com o tratamento da sua doença. Isto é incrivelmente benéfico para os médicos ao avaliar pessoas com AR e decidir sobre uma abordagem ampla de tratamentos, mas sugere também que se tome atenção ao aplicar um “rótulo” de fragilidade a estes doentes, dado o potencial de reverter isso após o tratamento.

O estudo analisou pessoas com AR identificadas na coorte SERA (recém-diagnosticada, com idade média de 58,3 anos), e do UK Biobank (doença estabelecida, com idade média de 59 anos).
Com base no índice de fragilidade, a fragilidade era comum na coorte SERA (12% moderada, 0,2% grave) e na coorte UK Biobank (20% moderada, 3% grave).

A AR pode afetar qualquer pessoa independentemente da idade e alguns podem demorar meses, às vezes anos, a obter um diagnóstico preciso. Trata-se de uma doença debilitante e imprevisível que, quando não tratada e controlada, pode causar danos incapacitantes nas articulações e um risco aumentado de fragilidade e hospitalização.

Esta investigação fornece evidências claras da importância e dos benefícios reais em pessoas que descobrem rapidamente o tratamento mais eficaz para reduzir o impacto da AR e evitar que esta piore.
Ressalta ainda um princípio fundamental – aplicar uma abordagem holística a pessoas com artrite, que inclui o controle da dor, saúde mental e fadiga, para que recebam o tratamento certo no momento certo.

Fonte: Tupam Editores

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