SANGUE

Glóbulos vermelhos podem ajudar a prever risco de morte e enfarte

Uma equipa de cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e do Centro Universitário de São João (CHUSJ) descobriu como os glóbulos vermelhos podem ajudar a prever risco de morte e de enfartes do miocárdio.

Glóbulos vermelhos podem ajudar a prever risco de morte e enfarte

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O estudo, publicado na revista World Journal of Surgery, permitiu concluir que o RDW, um parâmetro hematológico que mede a diferença entre as células maiores e menores dos glóbulos vermelhos, pode ajudar a prever o risco de mortalidade e da ocorrência de enfarte agudo do miocárdio após a realização de uma cirurgia vascular às artérias.

Segundo os cientistas por cada aumento de uma unidade na amplitude de distribuição dos glóbulos vermelhos, o RDW aumenta em 8% o risco de o doente sofrer um enfarte e em 10% o risco de mortalidade no período pós-operatório.

Outra das conclusões a que chegaram os cientistas está relacionada com a descoberta de três fatores que interferem no prognóstico após uma cirurgia arterial, nomeadamente a idade do paciente, o seu estado funcional e o ser ou não portador de diabetes tratada com insulina.

Para os autores da investigação o risco de morte aumenta 8% por cada ano de idade com que o paciente é submetido à cirurgia. Por outro lado, o risco de enfarte aumenta cerca de cinco vezes em pacientes que são dependentes de terceiros para as suas atividades de vida diária, e no caso de doentes diabéticos que necessitam de tratamento com insulina, esse risco aumenta cerca de quatro vezes.

Perante estes dados, os médicos podem definir com maior exatidão quais são os doentes submetidos a cirurgia vascular arterial que têm pior prognóstico, incorporando essa estratificação na decisão cirúrgica, na deteção precoce e na prevenção de efeitos adversos, sempre que possível.

De entre os autores do estudo destaca-se a participação de Mariana Dias Neto, professora da FMUP, e dos médicos e investigadores Francisca Caldeira de Albuquerque, João Rocha Neves e Pedro Videira Reis.

Fonte: Tupam Editores

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