SONO

Dormir menos de cinco horas por noite duplica o risco de doenças

O sono, além de ser um momento extremamente relaxante, é um processo vital para o nosso organismo. Sem ele, o nosso organismo passaria a apresentar problemas graves, na capacidade de memorização, cognição e desempenho motor, além de irritabilidade, cansaço, e dores de cabeça, visão turva e alterações no metabolismo. Estima-se que, a cada 24 horas sem dormir, uma pessoa diminua em 25% a sua capacidade de realizar trabalho mental. Estas não são, contudo, as únicas consequências das noites mal dormidas.

Dormir menos de cinco horas por noite duplica o risco de doenças

DOENÇAS E TRATAMENTOS

DEMÊNCIA


Um estudo realizado no hospital Brigham and Women’s, em Boston, nos EUA, sugere que dormir menos de cinco horas por noite pode duplicar a probabilidade de desenvolver demência, face às pessoas que têm um padrão de sono de sete a oito horas. E os dados revelam que quem sofre de insónias também está em risco.

Segundo os cientistas as noites mal dormidas fazem com que o cérebro não tenha tempo de eliminar os níveis de beta-amiloide em excesso no cérebro. Em causa está uma proteína fibrosa tóxica que leva à perda progressiva de neurónios.

O estudo, publicado na revista científica Aging, envolveu participantes com uma idade média de 76 anos e permitiu identificar uma ligação entre as perturbações do sono, o dobro do risco de incidência de demência e mortalidade por todas as causas durante os próximos quatro a cinco anos.

Para Charles Czesiler, principal autor do estudo, os dados desta investigação reforçam a importância do sono para a saúde do cérebro. Assim, alerta para a necessidade de mais estudos sobre a eficácia da melhoria do sono, do tratamento das perturbações do sono, o risco da doença de Alzheimer e de mortalidade.

Demência é o termo utilizado para descrever os sintomas de um grupo alargado de doenças que causam um declínio progressivo no funcionamento da pessoa – como o Alzheimer, uma das formas mais comuns. É um termo abrangente que descreve a perda de memória, capacidade intelectual, raciocínio, competências sociais e alterações das reações emocionais normais. Para a maioria não existe tratamento e também não existe uma forma definitiva de prever a demência.

A Organização Mundial de Saúde estima que em todo o mundo existam 47.5 milhões de pessoas com demência, número que pode atingir os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050 para os 135.5 milhões.

Fonte: Tupam Editores

TEMAS

OUTRAS NOTÍCIAS RELACIONADAS


ÚLTIMAS NOTÍCIAS