VACINA

Vacina contra ébola induz resposta imune duradoura

Um estudo realizado por cientistas da Universidade da Califórnia em Los Angeles, nos EUA, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica da República Democrática do Congo revelou que a vacina denominada rVSVΔG-ZEBOV-GP contra o vírus ébola apresentou uma resposta de anticorpos duradoura em pessoas imunizadas no Congo, país onde a doença é endémica.

Vacina contra ébola induz resposta imune duradoura

DOENÇAS E TRATAMENTOS

ÉBOLA, UM ASSASSINO MISTERIOSO


De agosto a setembro de 2018, os cientistas vacinaram um grupo de 608 indivíduos que incluiu profissionais de saúde e pessoas que tiveram contacto direto ou indireto com infetados pelo vírus ébola.
A vacinação aconteceu na província de Kivu do Norte, tendo como base o Programa Ampliado de Imunização do Ministério da Saúde do Congo.

No estudo, publicado no jornal Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), foram recolhidas amostras de sangue no momento da vacinação, 21 dias depois, e passados seis meses.

No final da investigação verificou-se que 95,6% dos vacinados demonstraram persistência de anticorpos seis meses após terem sido inoculados. Verificou-se ainda que após somente três semanas a percentagem foi de 87,2%, o que indica que os voluntários tiveram maior resposta imune com o passar do tempo.

Segundo os especialistas essa observação é provavelmente resultado da resposta da vacina mas também potencialmente é um produto natural da exposição das amostras, uma vez que o surto estava a decorrer durante o período estudado.

Importa referir que entre 2018 e 2020, a vacina rVSVΔG-ZEBOV-GP – formulada pela farmacêutica norte-americana Merck & Co em parceria com outras instituições – foi administrada a 300 mil congoleses.

O Ébola é provocado por um vírus da família Filoviridae, género Ebolavirus. A doença surgiu pela primeira vez, em 1976, na República Democrática do Congo, tendo-se difundido pelo continente Africano (uma das regiões mais afetadas situa-se próximo do Rio Ébola, que dá nome à doença), tendo sido atribuído a Morcegos frutíferos (considerados os hospedeiros naturais do vírus).
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o ébola é uma das patologias virais com maior taxa de mortalidade. Em surtos anteriores as taxas de mortalidade variaram entre 25% e 90%.

Fonte: Tupam Editores

OUTRAS NOTÍCIAS RELACIONADAS


ÚLTIMAS NOTÍCIAS