HIPERTENSÃO

Cientistas descobrem conexão entre hipertensão e diabetes

As pessoas com hipertensão e/ou diabetes têm um risco mais elevado de doenças cardiovasculares com risco de vida. Mesmo tomando medicação, um grande número de doentes permanece em risco elevado – isto porque a maioria dos medicamentos trata apenas os sintomas, e não as causas da pressão alta e do açúcar elevado.

Cientistas descobrem conexão entre hipertensão e diabetes

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Cientistas da Universidade de Auckland, na Austrália, acreditam ter desvendado a razão pela qual os pacientes que sofrem de pressão alta também têm diabetes. A descoberta contou com a participação da equipa do professor Hélio Salgado, da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto (SP).

O estudo, publicado na revista científica Circulation Research, revelou que uma pequena célula de proteína denominada GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon 1) agrega o controle de açúcar no sangue e o controle da pressão sanguínea no organismo.

O GLP-1 é libertado da parede do intestino depois de nos alimentarmos atuando para estimular a insulina do pâncreas para controlar os níveis de açúcar no sangue. Até aqui nada de novo. O que se descobriu agora é que o GLP-1 também estimula um pequeno órgão sensorial, chamado carotídeo, localizado no pescoço.

Os cientistas usaram uma técnica genómica denominada sequenciamento de RNA para ler todas as mensagens dos genes expressos no corpo carotídeo. Ao fazer isto em ratinhos com e sem pressão alta ficou evidente que o recetor que deteta o GLP-1 está localizado no corpo carotídeo, mas é menos ativo nos animais hipertensos.

Segundo o professor Julian Paton o corpo carotídeo é o ponto convergente onde o GLP-1 atua para controlar simultaneamente tanto o açúcar no sangue como a pressão arterial – isso é coordenado pelo sistema nervoso, que é instruído pelo corpo carotídeo.

Para os cientistas o GLP-1 é apenas o começo. A investigação revelou outros novos alvos para estudos funcionais, que a equipa já está a executar ou que levará a efeito em futuros projetos translacionais, tanto em pacientes humanos hipertensos quanto nos diabéticos.

Fonte: Tupam Editores

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