Uma investigação realizada por cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, permitiu concluir que o uso de substâncias para melhorar a aparência e o desempenho (APEDS, na sigla em inglês) está associado a sintomas de distúrbios alimentares.
Os distúrbios alimentares são doenças de origem psiquiátrica despoletadas por uma conjugação de factores socioculturais, biológicos, psicológicos e familiares.
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As perturbações alimentares correspondem a um conjunto de distúrbios que têm como denominador comum uma preocupação exagerada com o peso corporal, que gera comportamentos alimentares anómalos, com prejuízo para a saúde. Existem diversos tipos de perturbações alimentares mas os três tipos fundamentais são a anorexia nervosa, a bulimia nervosa e o transtorno da compulsão alimentar periódica.
No estudo, publicado na revista Eating and Weight Disorders – Studies on Anorexia Bulimia and Obesity, foram analisados dados de 7000 estudantes universitários de 2020 até 2021 tendo-se verificado que a utilização prolongada de APEDS estava associada a sintomas de distúrbios alimentares, principalmente quando eram utilizados suplementos de proteínas, de creatina e diuréticos.
Segundo os cientistas, estes dados vêm acentuar a necessidade de os profissionais de saúde permanecerem conscientes da mudança dos ideais corporais entre os jovens, assim como a associação entre o uso de APEDS e os sintomas de distúrbios alimentares, sendo que a prevenção, avaliação e tratamento adequados devem ser prontamente disponibilizados a esta população.
Jason M. Nagata, co-autor do estudo, realça a importância de os profissionais de saúde compreenderem que as APEDS – que são comercializadas para serem saudáveis e seguras –, podem ter consequências nefastas, principalmente quando usadas para alcançar um ideal corporal irrealista.
