DIABETES

Nova esperança no tratamento da diabetes

A diabetes é uma doença em que o organismo não produz quantidades suficientes de insulina ou esta não responde com normalidade, fazendo com que o nível de glicose no sangue fique excecionalmente elevado.

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Nessas circunstâncias, os indivíduos portadores de diabetes tipo 1, devem seguir cuidadosamente os regimes de insulina prescritos, administrando injeções diárias daquela hormona por via de seringa, bomba de insulina ou outro dispositivo análogo. Sem tratamentos viáveis de longo prazo, a manutenção deste tratamento é uma sentença para toda a vida. Agora, uma equipa alargada de investigadores da Northwestern University no Illinois, EUA, descobriu uma técnica inovadora que oferece uma nova esperança de tratamento definitivo da diabetes, ao tornar a imunomodulação mais eficaz.

O novo método consiste na utilização de nanopartículas para a entrega eficaz e segura de rapamicina (sirolímus, DCPt), o fármaco imunossupressor comummente usado nos tratamentos atuais, no interior do organismo. Através dessas minúsculas cápsulas carregadas de rapamicina os pesquisadores geraram uma nova forma de imunossupressão capaz de atingir células específicas relacionadas com o transplante, sem suprimir respostas imunes mais amplas, como até aqui acontecia.

O transplante de ilhotas pancreáticas surgido nas últimas décadas como cura potencial para a diabetes tipo 1, eliminando-se assim a necessidade de injeções de insulina, enfrentou contratempos, pois o sistema imunológico continua a rejeitar as novas ilhotas transplantadas originando efeitos colaterais indesejáveis.

Após um transplante, os imunossupressores são usados para inibir o efeito de rejeição pelas células imunes ou células T, das células e tecidos transplantados. A técnica de combinação de nanopartículas e rapamicina, permitiu obter uma imunossupressão mais direcionada e controlada, além de requerer somente cerca de metade da dose-padrão do fármaco para ser eficaz.

Na aplicação em outros transplantes, a equipa observou efeitos colaterais mínimos em ratinhos de laboratório e descobriu que a diabetes foi erradicada durante o período de teste de 100 dias, o que foi considerado um passo importante em direção ao objetivo de fazer com que o tratamento dure toda a vida do paciente.

A equipa demonstrou igualmente que a população dos ratinhos tratados com o medicamento administrado via nanopartículas obteve uma resposta imunológica robusta, em comparação com os que receberam tratamentos padrão, resultados que podem vir a ter implicações a longo prazo, não apenas na diabetes, mas em todos os implantes de um modo geral.

Segundo Guillermo Ameer, um dos elementos da equipa, “esta abordagem pode ser aplicada a outros tecidos e órgãos transplantados, abrindo novas áreas de pesquisa e opções de tratamento”. O próximo passo a dar é trabalhar no sentido de levar estes resultados muito interessantes, um passo mais próximo do processo clínico, afirma o investigador.

Fonte: Tupam Editores

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