OBESIDADE

Como a obesidade pode levar ao cancro

A obesidade é definida como uma patologia em que o excesso de gordura corporal acumulada pode afetar a saúde, sendo considerada pelas autoridades de saúde um problema de saúde pública e uma doença crónica.

Como a obesidade pode levar ao cancro

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Com origem em múltiplos fatores como o sedentarismo, alimentação inadequada ou mesmo questões genéticas, requer esforços continuados para ser controlada, constituindo uma grave ameaça para a saúde e um importante fator de risco para o desenvolvimento e agravamento de várias outras doenças, designadamente de cancro.



Até há pouco tempo, desconhecia-se a razão por que isso acontecia. Porém, pesquisas recentes divulgadas na revista científica Nature Communications desvendam como a obesidade pode levar ao desenvolvimento do cancro.

Afinal, o cancro é basicamente causado por alterações genéticas que ao quebrarem as restrições normais ao crescimento celular, fazem com que as células se descontrolem, cresçam demasiado e acabem por formar um tumor.



Os estudos epidemiológicos estabeleceram uma associação positiva entre a obesidade e a incidência de cancro da mama na pós-menopausa. Além disso, sabe-se que a obesidade promove propriedades semelhantes às células-estaminais das células do cancro da mama. Agora, os pesquisadores vieram demonstrar que os lipídios - que são moléculas de gordura - associados à obesidade, tornam as células cancerígenas mais agressivas e propensas a formar tumores.

Descobriram ainda, que o ambiente alterado de um corpo com peso normal para um corpo com excesso de peso ou obeso, força a célula a adaptar-se, levando à formação do tumor, em contraste com a normal rota genética em que a célula gera filhas já degeneradas.



Embora não haja correlação com mutações específicas, a adaptação celular à obesidade é gerida pelo ácido palmítico e leva ao aumento da capacidade de formação de tumor, em particular do cancro da mama com cujas células a equipa trabalhou durante a investigação.



Segundo o professor Nils Halberg da Universidade de Bergen, na Noruega, isso significa que “mesmo na ausência de novas mutações genéticas, a obesidade aumenta de facto o risco de formação de tumores.”



A obesidade tem sido frequentemente associada a cerca de 500 mil novos casos de cancro em cada ano, um número que irá continuar a crescer, na medida em que as taxas de obesidade continuarem a aumentar.



"Dissecar cientificamente a forma como estas duas doenças complicadas interagem tem sido extremamente interessante e gratificante para os pesquisadores, especialmente porque esta nova compreensão lhes permitirá projetar tratamentos mais aperfeiçoados para pacientes obesos com cancro", acrescentou Halberg.

Fonte: Tupam Editores

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