PANDEMIA

Infeção prévia deu maior proteção do que a vacina contra a Delta

Um estudo dos Centros de Prevenção e Controlo de Doenças (CDC) dos Estados Unidos da América recentemente divulgado revelou que quem tinha estado infetado com Covid-19 estava mais protegido contra a variante Delta do que as pessoas apenas vacinadas.

Infeção prévia deu maior proteção do que a vacina contra a Delta

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A variante Delta tornou-se dominante nos EUA no final de junho do ano passado. O estudo analisou casos nos estados de Nova Iorque e Califórnia entre maio e novembro de 2021, e foi realizado antes das doses de reforço estarem amplamente disponíveis e do aparecimento da nova variante Ómicron.

Os resultados forneceram elementos-chave para analisar de uma forma mais eficaz as diferenças entre a imunidade adquirida pelas vacinas ou devido a uma infeção.

Os cientistas constataram que antes do surgimento da Delta, as pessoas vacinadas e que nunca haviam contraído Covid-19 estavam mais protegidas do que as pessoas não vacinadas, mas que já tinham sido infetadas. Após a disseminação da variante, o cenário inverteu-se. As pessoas vacinadas, mas não previamente infetadas, correram menos seis vezes risco de contraírem a doença no Estado da Califórnia e cerca de cinco vezes menos em Nova Iorque.

O risco foi ainda mais reduzido para pessoas previamente infetadas, mas não vacinadas, sendo o risco 29 vezes menor na Califórnia e 15 vezes menor em Nova Iorque.

Para os CDC, estes dados explicam-se devido aos diferentes estímulos da resposta imune causados pelo contacto com o vírus real ou com a vacina. Para os autores do estudo, esta reversão também coincidiu com o início da diminuição da imunidade induzida pela vacina em muitas pessoas, antes das doses de reforço.

Os dados recolhidos sobre a Delta em outros países demonstram igualmente uma maior proteção para as pessoas previamente infetadas, vacinados e não vacinados, em comparação com a vacinação apenas, no entanto, apesar destes resultados a vacinação continua a ser a estratégia mais segura contra o vírus SARS-CoV-2.
Isto porque contrair a doença expõe as pessoas a complicações sérias, enquanto as vacinas já provaram ser extremamente seguras e eficazes.

Ainda assim, os autores do estudo acentuam a necessidade de realizar uma investigação mais aprofundada de forma a apurar a durabilidade da proteção conferida pela infeção contra cada uma das variantes, incluindo a Ómicron.

Fonte: Tupam Editores

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