PANDEMIA

Covid-19: Saiba que efeitos embaraçosos e raros podem persistir

Já foi infetado por Covid-19 e recuperou, mas ainda não se sente “o mesmo”? Não estranhe pois, segundo os cientistas, a Covid-19 deixa um rasto de consequências que se prolongam no tempo, algumas insólitas como vai poder constatar.

Covid-19: Saiba que efeitos embaraçosos e raros podem persistir

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NOVO COVID-19, FAQ – PERGUNTAS MAIS FREQUENTES


Os efeitos da doença a longo prazo não são os mesmos em todas as pessoas e, para já, ainda não se sabe quando, ou se algumas das sequelas que adiante se referem desaparecem por completo. Estes efeitos podem manifestar-se durante semanas ou até meses depois da infeção – a chamada Covid persistente.

A eructação, ou arroto, é um processo fisiológico normal do comportamento humano e é necessário livrar o estômago do gás adicional que é engolido ao comer ou produzido durante o processo de digestão. Contudo, o arroto excessivo pode tornar-se problemático se ocorre de forma persistente e junto com outros sintomas, tais como a dor abdominal.

Um estudo publicado na revista Lancet revela que 44% dos doentes internados na China com Covid-19 ainda apresentam problemas de estômago três meses após a alta médica. Dos 117 indivíduos estudados, um em cada dez arrota com mais frequência depois da infeção.

A incontinência urinária também está entre os sintomas embaraçosos que persistem após a recuperação da infeção. De acordo com cientistas da Escola de Medicina da Universidade Beaumont, nos EUA, de um total de 65 doentes com alta hospitalar, a maioria na faixa etária dos 60 anos, apresenta sinais de incontinência. Já um estudo do King’s College de Londres revela que 14,1% das pessoas têm problemas em controlar a bexiga.

A aplicação para Smartphone Zoe Covid Study e o King’s College chegaram à conclusão que o Covid também pode provocar diarreia e que a probabilidade de sofrer desta consequência aumenta com a idade. Os dados disponíveis mostram que afeta 10% das crianças e 30% dos adultos com mais de 35 anos.

Os cientistas acreditam que a diarreia é um sintoma precoce de Covid-19 – manifesta-se no primeiro dia de infeção e intensifica-se durante a primeira semana. Várias investigações na China revelam que 15% dos doentes hospitalizados sofreram de diarreia durante a recuperação.

Os suores noturnos têm sido outro dos sintomas relatados pelas pessoas infetadas pela variante Ómicron do novo coronavírus. A roncopatia também está presente em 7,1% dos infetados pela doença.

Um quarto das pessoas experiencia ainda sentimentos de raiva durante e após a infecção, e não é tudo, 7,4% notam agressividade, e mais de metade dos inquiridos consideram que estão irritáveis.

Um estudo publicado na BMJ Open Ophthalmology constatou que 17% de 83 infetados tinham comichão nos olhos e 16% apresentavam dor. Contudo, de acordo com o estudo do King's College, cerca de 15% das pessoas apresentavam conjuntivite.

Ao que parece o novo coronavírus também causa problemas de cariz sexual. Um estudo realizado no Reino Unido envolvendo 3400 pessoas que haviam estado infetadas ou com suspeitas de Covid, revelou que 14,6% dos homens e 8% das mulheres demonstram sinais de disfunção sexual após a doença.

Fonte: Tupam Editores

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